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Videoclipe: o elogio da desarmonia - Thiago soares 15<br />

–, mas Videoclipe, o elogio da desarmonia apresenta um<br />

maior alcance, interessa a um público muito mais amplo.<br />

Neste livro, Thiago consegue ser, simultaneamente, panorâmico<br />

e específico, abrangente e profundo, introdutório e<br />

original. ele transita pelos meandros semiológicos do videoclipe,<br />

pela materialidade do seu objeto com rigor e método,<br />

mas não deixa de demonstrar a agudeza e o espírito do<br />

crítico cultural que é, não se esquiva em nenhum momento<br />

da discussão estética que vai muito além do ímpeto classificatório.<br />

Em Videoclipe, o elogio da desarmonia, é notável<br />

não apenas o conhecimento detalhado do seu autor sobre<br />

a história e os códigos do videoclipe, como também a dedicação<br />

apaixonada e o discernimento com os quais ele se<br />

debruça sobre os artefatos dessa cultura.<br />

Como nota pessoal a esse prefácio, diria que é extremamente<br />

lisonjeiro e gratificante ser uma das primeiras leitoras<br />

do livro de Thiago Soares por inúmeros motivos. Listo<br />

aqui alguns deles, quiçá os mais óbvios: porque aprendi<br />

muito sobre um tema que me interessa; porque fruí de um<br />

texto excelente – que combina argúcia, inteligência, estilo<br />

e precisão; porque tive acesso a uma bibliografia meticulosa;<br />

porque, com a publicação deste pequeno volume,<br />

posso recomendar aos meus muitos alunos que trabalham<br />

com o assunto um livro que articula teoria, história e crítica<br />

do videoclipe com destreza e propriedade.<br />

Angela Prysthon<br />

Janeiro de 2004<br />

introdução<br />

Comecemos pelo começo: parte da minha inquietação<br />

acerca do videoclipe surgiu durante o mestrado que<br />

desenvolvi no Programa de Pós-graduação em Letras –<br />

Teoria da Literatura na Universidade Federal de Pernambuco<br />

(UFPe) sob a orientação dos professores alfredo<br />

Cordiviola (Literatura) e Ângela Prysthon (Comunicação).<br />

ao estabelecer conexões entre os textos literário e audiovisual,<br />

encontrei no videoclipe um gênero televisual dotado<br />

de ressonância analítica e que serviu de “ponte” para<br />

que eu pudesse adentrar à seara literária através de um<br />

viés mais pop. À medida que eu ia tentando articular o<br />

texto literário ao audiovisual (o videoclipe), encontrava<br />

brechas, pontos, tópicos que o videoclipe evocava e que<br />

precisavam de uma reflexão mais sistemática.<br />

Tais inquietações me fizeram propor ao Departamento<br />

de Comunicação Social da UFPe a inserção, em<br />

caráter excepcional, de uma disciplina em graduação com<br />

o título de Linguagem Videoclíptica, para tentar resolver<br />

certos problemas metodológicos sobre o videoclipe. Parte<br />

do resultado da tentativa de sistematizar uma série de<br />

teóricos que já tinham escrito algo sobre o clipe ou “pegar<br />

capa sumário elivre autor

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