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Videoclipe: o elogio da desarmonia - Thiago soares 103<br />

(que evidencia problemas terceiro-mundistas).<br />

a título de registro, vamos categorizar os principais<br />

realizadores da Conspiração, procurando tecer considera-<br />

ções sobre os videoclipes produzidos por cada um deles.<br />

É importante percebermos como, no Brasil, a produção<br />

de videoclipes está inserida numa dinâmica que reforça a<br />

aproximação entre as realizações cinematográfica e publicitária.<br />

Comecemos pelo diretor andrucha Waddington<br />

que, em publicidade, dirigiu campanhas internacionais<br />

para reebok, Pepsi, gatorade, entre outras. No cinema,<br />

lançou, num curto espaço de tempo, dois longas metragens:<br />

Gêmeas e Eu Tu Eles. Em ambos, fica clara a opção<br />

por uma realização marcadamente inspirada em preceitos<br />

de precisão técnica. Filmou também Viva São João!, documentário<br />

sobre as festas juninas do Nordeste, que tem<br />

como “condutor” o cantor gilberto gil. Dirigiu videoclipes<br />

de vários artistas, entre eles Skank, arnaldo antunes,<br />

Djavan, Caetano Veloso e Marina Lima. No Video Music<br />

Brasil, da MTV, ganhou os prêmios: escolha da audiência<br />

1995 (Paralamas do Sucesso/Uma Brasileira); Videoclipe<br />

do ano 1996 (Paralamas do Sucesso/Lourinha Bombril);<br />

escolha da audiência 1996 (Skank/Garota Nacional); Melhor<br />

Videoclipe 1997 (Paralamas do Sucesso/Busca Vida);<br />

Melhor Videoclipe 1998 (Paralamas do Sucesso/Ela Disse<br />

Adeus). andrucha Waddington foi responsável por grande<br />

parte da iconografia da banda Paralamas do Sucesso, uma<br />

das mais evidenciadas nas premiações do Vídeo Music<br />

Brasil, tendo criado uma série de clipes que estabelecem<br />

uma síntese dos discos da banda. através da perspectiva<br />

dos clipes dos Paralamas do Sucesso, é possível perceber<br />

como o conceito de álbuns mais “animados” do grupo,<br />

como Vamo Batê Lata, geraram clipes que também procuravam<br />

transmitir uma certa euforia do pop rock brasileiro<br />

nos anos 90. Da “brincadeira” de linguagem do meta-clipe<br />

(ou o videoclipe que retrata a gravação de um videoclipe),<br />

em Uma Brasileira, passando pelo princípio metonímico<br />

do recorte e justaposição de imagens em Lourinha<br />

Bombril chegando ao refinado princípio de citação a filmes<br />

mudos em Ela Disse Adeus, percebe-se como andrucha<br />

Waddington operacionalizou, junto aos Paralamas do Sucesso,<br />

conceitos em imagens que são sintéticas dos “momentos”<br />

da banda.<br />

outro diretor de clipes da Conspiração, Breno Silveira,<br />

na verdade, é originalmente, formado em Fotografia para<br />

Cinema pela École Louis Lumière Vaugirard, de Paris. Dirigiu<br />

campanhas para empresas como general Motors, Ford,<br />

Honda, Itaú e MasterCard. Como diretor de fotografia, fez<br />

mais de 20 longas (Carlota Joaquina, de Carla Camuratti;<br />

Traição, de arthur Fontes, Cláudio Torres e José henrique<br />

Fonseca; Gêmeas e Eu Tu Eles, ambos de andrucha Waddington,<br />

entre outros. em 2000, dirigiu o documentário<br />

para TV Amyr Klink – Mar Sem Fim. Co-dirigiu especiais de<br />

música de gilberto gil e Paralamas do Sucesso e dezenas<br />

de videoclipes, recebendo prêmios da MTV como melhor<br />

fotografia de videoclipe em 1995 (Segue o Seco, de Marisa<br />

Monte). em 2000, junto a Kátia Lund (co-diretora do<br />

capa sumário elivre autor

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