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Videoclipe: o elogio da desarmonia - Thiago soares 139<br />

quanto no maneirismo de corte ou das técnicas de fusão entre<br />

imagens (podendo falar, em contrapartida, de uma velocidade<br />

ou lentidão do ritmo do clipe). Portanto, falar em tempo no<br />

clipe pode estar relacionado ao tempo de duração da diegese<br />

da história que se conta ou do ritmo que se impõe a este clipe,<br />

estando, na maioria das vezes, o ritmo do clipe relacionado<br />

às técnicas de montagem deste vídeo. É importante perceber<br />

mecanismos de demonstração da passagem do tempo no videoclipe:<br />

as diluições ou supressões temporais, como forma de<br />

aceleração ou retardamento do ritmo na narrativa. elencamos<br />

também as técnicas de montagem (sobretudo as montagens<br />

paralelas, com duas ações acontecendo ao mesmo tempo e<br />

em espaços distintos) como elementos estéticos constituintes<br />

da noção de tempo no videoclipe. a montagem como artefato<br />

rítmico no videoclipe também vai ser decisiva não só na apreensão<br />

do tempo, mas, também, apresenta-se responsável por<br />

uma nova forma de “coreografar” o videoclipe.<br />

a funcionalidade destes conceitos que apresentamos<br />

depende tanto do quanto de informação o analista detém<br />

sobre o próprio videoclipe quanto do contexto artístico<br />

em que o clipe foi gerado. É essencial não perdermos a<br />

noção de que analisar um videoclipe é impor uma série de<br />

limites que visam orientar tal análise para a construção de<br />

uma articulação profícua entre os sistemas de representação<br />

do artista, dos conceitos gerados por este artista e<br />

do mundo. Quando propomos esta análise, temos consciência<br />

de que não estamos aprisionando significados, mas<br />

tentando captar de que forma os significados são construtos<br />

de ordem estética e cultural.<br />

referências<br />

aUMoNT, Jacques. A imagem. 5. ed. Campinas: Papirus, 2001.<br />

BarTheS, roland. O Óbvio e O Obtuso. São Paulo: editora<br />

Nova Fronteira, 1996.<br />

JoLi, Martine. Introdução à análise de imagens. Campinas: Papirus,<br />

1999.<br />

MaiNgUeNeaU, Dominique. O Contexto da Obra Literária –<br />

enunciação, escritor, Sociedade. São Paulo: Martins Fontes,<br />

1995.<br />

PigNaTari, Décio. Signagem da televisão. São Paulo: Brasiliense,<br />

1989.<br />

_____. Letras artes mídia. São Paulo: globo, 1995.<br />

reCTor, Monica; TriNTa, aluizio ramos. Comunicação do corpo.<br />

3. ed. São Paulo: Ática, 1995.<br />

TÁVora, artur da. Comunicação é mito. rio de Janeiro: Nova<br />

Fronteira, 1985.<br />

VaNoYe, Francis; goLioT-LÉTÉ, anne. Ensaio sobre a análise<br />

fílmica. 2. ed. Campinas: Papirus, 2002.<br />

ViLLaÇa, Nizia. Paradoxos do Pós-moderno: sujeito & ficção.<br />

rio de Janeiro: editora UFrJ, 1996.<br />

capa sumário elivre autor

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