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Uma Canção pelo Ar<br />
Com o término de Eclipse Solar, ainda em 2002, Cida Moreira seguiu para a<br />
Itália. Fez alguns shows no Festival de Jazz da Vila Celimontana, em Roma,<br />
e também no Festival de Jazz de Úmbria, ao lado de Paulo Moura, Guinga e<br />
Tânia Maria.<br />
Quando retornou, já tinha concebido em sua cabeça o embrião do disco<br />
Uma Canção pelo Ar, desenvolvido a partir da ideia de traçar uma retrospectiva<br />
musical do Brasil. A cantora, desde o projeto Vitrine MPB, vinha depurando<br />
aquele repertório nos seus shows, paralelamente aos trabalhos em que<br />
participava como convidada. Quando chegou num denominador comum,<br />
junto ao maestro Gil Reyes, estava pronto o espetáculo A Canção Brasileira<br />
que se dividiria em duas vertentes. A primeira foi o show Modinhas e Canções<br />
do Brasil. E a segunda, o disco Uma Canção pelo Ar que Cida começou a<br />
gravar no início de 2003, no Rio de Janeiro, ano em que também participou<br />
do filme Vila Belmiro, de Gilson Santos sobre episódio político ligado à Ditadura<br />
Militar em Santos, com Bete Mendes, entre outros.<br />
O repertório do disco, composto por uma gama que vai das modinhas<br />
imperiais à bossa nova, resgata pérolas como a irreverente e já citada Quem<br />
É, de Custódio Mesquita e Joraci Camargo, gravado por Carmen Miranda e<br />
Barbosa Junior, em 1937. Passando pelo chorinho, com Pedacinhos do Céu<br />
(Waldir Azevedo e Miguel Lima), por alguns clássicos como Leilão (Joraci<br />
Camargo e Hekel Tavares) e A Estrada do Sertão (João Pernambuco, Wilson<br />
Rodrigues e Hermínio Bello de Carvalho), até aportar em autores contemporâneos<br />
como Chico Buarque, Cida faz uma viagem musical por todas as<br />
principais épocas da nossa música popular. Para esse trabalho ainda, ela gravou<br />
o samba Tarzan, o Filho do Alfaiate, composto em 1936 por Noel Rosa e<br />
Vadico para o filme Cidade Mulher, com a atriz Carmem Santos.<br />
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