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Manual dos Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais

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Crianças com doença cardíaca instável têm resposta imunológica semelhante à <strong>de</strong> crianças<br />

sadias.<br />

As pessoas mais i<strong>dos</strong>as ou com algumas doenças crônicas po<strong>de</strong>m apresentar títulos mais<br />

baixos <strong>de</strong> anticorpos séricos após a vacinação e continuar suscetíveis à influenza. Entretanto, estu<strong>dos</strong><br />

realiza<strong>dos</strong> na América do Norte e na Europa mostram que, mesmo nesses casos, os vacina<strong>dos</strong><br />

têm menor risco <strong>de</strong> pneumonia, hospitalização e morte por influenza. Entre os i<strong>dos</strong>os mais frágeis<br />

a eficácia na prevenção da influenza é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 30 a 40%.<br />

A crianças com menos <strong>de</strong> nove anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> recomendam-se duas <strong>dos</strong>es da vacina,<br />

com intervalo <strong>de</strong> um a dois meses, quando estiver sendo usada pela primeira vez.<br />

4.7.2. Eficácia em pacientes imunocomprometi<strong>dos</strong><br />

Em pacientes com câncer a resposta <strong>de</strong> anticorpos é menor do que em controles sadios.<br />

A soroconversão é <strong>de</strong> 24 a 71% , sendo a terapia antineoplásica o fator <strong>de</strong>terminante da resposta<br />

mais baixa nesse grupo.<br />

As crianças que não estão em quimioterapia há mais <strong>de</strong> quatro semanas e com > 1000<br />

linfócitos/mm 3 têm altas taxas <strong>de</strong> soroconversão com o uso da vacina.<br />

Nos transplantes <strong>de</strong> rim a soroconversão ocorre em cerca <strong>de</strong> 50% <strong>dos</strong> casos um mês<br />

após a vacinação e em mais <strong>de</strong> 90% <strong>dos</strong> pacientes após dois meses.<br />

Em pacientes submeti<strong>dos</strong> a diálise a resposta imunológica é menor do que em indivíduos<br />

normais, mas em uma série <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pacientes pediátricos em hemodiálise houve boa resposta.<br />

Em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico as respostas foram boas ou baixas, em correlação<br />

com o uso <strong>de</strong> corticosterói<strong>de</strong>s. Não houve piora clínica da doença <strong>de</strong> base com a vacinação.<br />

Corticosterói<strong>de</strong>s administra<strong>dos</strong> durante pouco tempo ou em dias alterna<strong>dos</strong> têm efeito<br />

mínimo sobre a resposta <strong>de</strong> anticorpos à vacina contra influenza.<br />

Administração prolongada <strong>de</strong> altas <strong>dos</strong>es (por exemplo, 2mg/Kg ou total <strong>de</strong> 20mg/dia <strong>de</strong><br />

prednisona durante 14 dias) po<strong>de</strong> prejudicar a resposta à vacina contra influenza e a outras vacinas.<br />

A vacina contra influenza produz títulos protetores <strong>de</strong> anticorpos nas pessoas HIV + com<br />

poucos sintomas <strong>de</strong> imuno<strong>de</strong>ficiência e contagens a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> linfócitos CD4+. Entre os HIV+<br />

com doença avançada e contagens baixas <strong>de</strong> linfócitos CD4+ a vacina po<strong>de</strong> não induzir anticorpos<br />

protetores e uma segunda <strong>dos</strong>e não melhora a resposta imunológica à vacina. Não foi verificada<br />

piora clínica ou diminuição <strong>dos</strong> linfócitos CD4+ entre os pacientes HIV+ vacina<strong>dos</strong> contra influenza,<br />

embora possa haver aumento transitório da carga viral.<br />

Bibliografia<br />

1. American Aca<strong>de</strong>my of Pediatrics. Influenza. In: Peter G, editor. 1997 Red Book: Report of the<br />

Committee on Infectious Diseases. 24 th<br />

ed. Elk Grove Village, IL: American Aca<strong>de</strong>my of Pediatrics;<br />

1997. p. 307-315.<br />

2. Centers for Disease Control. Prevention and control of influenza. Recommendations of the Advisory<br />

Committee on Immunization Practices. Morbidity and Mortality Weekly Report 1998; 47: N o<br />

.<br />

RR-6.<br />

3. Pirofski L, Casa<strong>de</strong>vall A. Use of licensed vaccines for active immunization of the<br />

immunocompromised host. Clinical Microbiology Reviews 1998; 11:1-26.<br />

FUNASA - abril/2001 - pág. 33

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