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Manual dos Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais

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5. Riscos do uso <strong>de</strong> imunobiológicos especiais<br />

em pacientes imunocomprometi<strong>dos</strong><br />

Há sempre um pequeno risco quando se aplicam imunobiológicos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à imunização<br />

ativa ou passiva.<br />

As vacinas cultivadas em células humanas ou outras culturas celulares, utilizadas nos<br />

CRIEs, são menos reatogênicas do que as que utilizam teci<strong>dos</strong> animais. Mas, ainda assim, há<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eventos adversos.<br />

Do mesmo modo, a imunização passiva com produtos <strong>de</strong> origem humana acarreta risco<br />

<strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong>, embora com gravida<strong>de</strong> e freqüência muito menores do que quando se<br />

utilizam os soros <strong>de</strong> origem eqüina.<br />

Deve-se sempre ler a bula do imunobiológico a ser utilizado, observando-se atentamente<br />

as precauções, orientação para o uso e outras recomendações.<br />

As preparações <strong>de</strong> imunoglobulina contêm traços <strong>de</strong> IgA e as pessoas que têm <strong>de</strong>ficiência<br />

seletiva <strong>de</strong> IgA po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver anticorpos anti-IgA após receberem imunoglobulina ou outros<br />

produtos que contenham IgA, como sangue total ou plasma.<br />

Po<strong>de</strong>m surgir, nesses casos, sintomas sistêmicos, tais como calafrios, febre e quadro similar<br />

ao choque. Como essas reações são raras, não se justifica fazer avaliação rotineira da <strong>de</strong>ficiência<br />

<strong>de</strong> IgA antes <strong>de</strong> aplicar imunoglobulinas.<br />

Nos casos muito raros em que houver reação contra a imunoglobulina, com formação <strong>de</strong><br />

anticorpos anti-IgA, <strong>de</strong>ve-se usar se possível imunoglobulina humana normal intravenosa (IGHNIV)<br />

<strong>de</strong>pletada <strong>de</strong> IgA, caso disponível.<br />

A imunização <strong>de</strong> pacientes imunocomprometi<strong>dos</strong> com vacinas não-vivas não implica riscos<br />

adicionais, além daqueles próprios a cada uma <strong>de</strong>las. O gran<strong>de</strong> problema é a sua eficácia,<br />

que po<strong>de</strong> ser menor ou até mesmo nula.<br />

A administração <strong>de</strong> vacinas vivas a pacientes com imunocomprometimentos graves é que<br />

causa maior preocupação.<br />

As vacinas vivas <strong>de</strong>vem ser evitadas durante dois anos após transplante <strong>de</strong> medula óssea<br />

e durante no mínimo três meses após término <strong>de</strong> quimioterapia. Entretanto, <strong>de</strong>ve-se levar em conta<br />

que esses intervalos po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> acordo com a intensida<strong>de</strong> e tipo <strong>de</strong> terapêutica imuno<strong>de</strong>pressora,<br />

irradiação, doença <strong>de</strong> base e outros fatores. Os pacientes com leucemia em remissão, cuja<br />

quimioterapia terminou há pelo menos três meses, po<strong>de</strong>m receber vacinas vivas.<br />

Uso <strong>de</strong> corticosterói<strong>de</strong>s em <strong>dos</strong>e equivalente a 2mg/kg/dia <strong>de</strong> prednisona durante duas<br />

semanas ou mais (ou 20 mg/dia para crianças com >10 kg) é consi<strong>de</strong>rado contra-indicação às<br />

vacinas vivas durante um mês após o término da corticoterapia.<br />

Nos CRIEs, a única vacina viva utilizada é a vacina contra varicela, e serão discuti<strong>dos</strong> a<br />

seguir, apenas os riscos relaciona<strong>dos</strong> com a sua administração.<br />

FUNASA - abril/2001 - pág. 39

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