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Manual dos Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais

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20. Conduta diante <strong>de</strong> eventos adversos<br />

pós-vacinação nos CRIEs<br />

O Anexo 1 do “<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica <strong>dos</strong> Eventos Adversos Pós-Vacinação”<br />

dá orientação quanto à conduta a ser adotada diante <strong>de</strong> eventos adversos comuns a vários<br />

imunobiológicos. Deve-se, além disso, consultar cada capítulo, para as peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada um<br />

<strong>de</strong>les. A seguir, faz-se um breve comentário sobre o tema.<br />

Os eventos adversos graves após vacinação são raros. Na maioria das vezes o que<br />

ocorre são doenças intercorrentes associadas temporalmente à aplicação das vacinas.<br />

É preciso que o CRIE disponha <strong>de</strong> profissionais médicos experimenta<strong>dos</strong> que possam<br />

orientar o diagnóstico diferencial, através <strong>de</strong> anamnese, exame clínico e realização <strong>de</strong> exames<br />

complementares que estejam indica<strong>dos</strong>.<br />

Um <strong>dos</strong> aspectos mais importantes refere-se à colheita <strong>de</strong> material para exames<br />

microbiológicos, especialmente liquor, sangue, fezes e secreção <strong>de</strong> orofaringe, os quais <strong>de</strong>vem ser<br />

transporta<strong>dos</strong> a<strong>de</strong>quadamente para o laboratório.<br />

Na eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> óbito em crianças, a necrópsia <strong>de</strong>ve ser realizada com a colaboração<br />

<strong>de</strong> serviço com experiência em patologia pediátrica/neonatal. A família <strong>de</strong>ve ser informada sobre a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse procedimento.<br />

É claro que eventos adversos, até mesmo graves, po<strong>de</strong>rão ocorrer como conseqüência da<br />

vacinação. Há dois erros comuns, que só a experiência e o treinamento po<strong>de</strong>m evitar: subestimar<br />

ou superestimar o evento adverso.<br />

No primeiro caso (subestimação), o mais freqüente é atribuir à vacina qualquer evento<br />

adverso que ocorra nas primeiras horas após a vacinação, principalmente febre em crianças<br />

pequenas. É preciso examinar o paciente, com atenção ao seu estado geral, solicitar os exames<br />

porventura indica<strong>dos</strong> e tratá-lo ou acompanhá-lo a<strong>de</strong>quadamente se for diagnosticado um estado<br />

infeccioso intercorrente. Deve-se ficar atento a outras possibilida<strong>de</strong>s, como intoxicação exógena. O<br />

CRIE <strong>de</strong>ve dispor do telefone do <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Informações Tóxico-Farmacológicas mais próximo.<br />

No segundo caso (superestimação), po<strong>de</strong>m ser tomadas medidas com potencial iatrogênico<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira intempestiva. Isso ocorre, por exemplo, na síndrome hipotônico-hiporresponsiva,<br />

que é um quadro benigno, <strong>de</strong> evolução favorável com medidas conservadoras.<br />

É fundamental que os pacientes com eventos adversos pós-vacinais sejam acompanha<strong>dos</strong><br />

cuida<strong>dos</strong>amente, mantendo-se a família bem informada sobre os procedimentos que estão<br />

sendo realiza<strong>dos</strong>.<br />

As reações <strong>de</strong> anafilaxia sistêmica são raras com as vacinas e mais comuns após imunização<br />

passiva com soros, tais como os soros antitetânico, antidiftérico e anti-rábico, especialmente quando<br />

estes têm que ser usa<strong>dos</strong> mais <strong>de</strong> uma vez. Mas, a anafilaxia grave é possível após o uso <strong>de</strong><br />

qualquer imunobiológico ou medicamento.<br />

Assim, o CRIE <strong>de</strong>ve estar equipado e o seu pessoal treinado para o tratamento <strong>de</strong>ssa<br />

emergência. É fundamental a rapi<strong>de</strong>z do atendimento. A adrenalina é a medicação <strong>de</strong> urgência<br />

mais importante, nesse caso.<br />

FUNASA - abril/2001 - pág. 95

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