Marcele Regina Nogueira Pereira - Unirio
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personagens inovadores com a criação da rádio educativa a favor da difusão e também<br />
participante da criação das instituições que estarão à frente das iniciativas científicas no<br />
país. No entanto, em Massarani, por conta de sua temática específica, não encontramos<br />
uma análise sobre o período de Roquette à frente do Museu Nacional.<br />
Já em Ildeu, Massarani e Aranha (2008), no artigo referente ao papel educativo de<br />
Roquette-Pinto, parte integrante do livro Antropologia brasiliana: ciência e educação<br />
na obra de Edgar Roquette-Pinto (LIMA, 2008), encontramos um breve e bastante<br />
instigante apanhado da atuação de Roquette-Pinto à frente do Museu Nacional e suas<br />
práticas educativas desenvolvidas. Este artigo apresenta um caminho para a construção<br />
de uma análise mais detida sobre o período em que esteve à frente do Museu Nacional e<br />
suas ações voltadas para a educação. Segundo Ildeu et all (2008), ainda como jovem<br />
médico Roquette-Pinto ingressou, em 1906, no Museu Nacional. Ali, durante muitos<br />
anos, paralelamente a sua ação propriamente científica, esteve envolvido em atividades<br />
de educação e de divulgação científica. Para ele, o museu deveria ter um caráter<br />
educativo (ROQUETTE-PINTO, 1925). Durante a escrita de Rondônia, Roquette-Pinto<br />
participava de inúmeras conferências e também integrou a equipe de montagem de<br />
exposições no Museu Nacional. Participou da criação de uma filmoteca, em 1910, e da<br />
montagem de novas exposições inauguradas em 1914, com a intenção de aumentar a<br />
visitação pública.<br />
O trabalho de Adriana Tavares do Amaral Martins Keuller (2008) estuda a<br />
configuração do campo antropológico no Museu Nacional no período de 1876 a 1939.<br />
Este período abrange a atuação de Roquete Pinto à frente do Museu Nacional e o<br />
trabalho analisa a atuação deste cientista e nos abre caminhos para compreendê-lo<br />
enquanto gestor do Museu Nacional.<br />
Roquette-Pinto atuou também na concepção de pôsteres didáticos de História<br />
Natural, especificamente os de antropologia, com ênfase para a apresentação da ordem<br />
dos primatas. E Essas iniciativas demonstram que seus interesses desde o início de suas<br />
atividades no Museu Nacional voltam-se prioritariamente para as ações de divulgação<br />
científica e também educacionais. Seu intuito era favorecer as práticas escolares a partir<br />
das descobertas científicas, investindo, para isso, em estratégias facilitadoras para que as<br />
exposições e acervo dos museus pudessem servir à educação escolar. Para orientar e<br />
facilitar as visitas, Roquette preparou o Guia das Coleções de Antropologia do Museu<br />
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