Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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A CIF dispõe <strong>de</strong> uma “Cheklist” <strong>de</strong> suas principais categorias (WHO, 2002).<br />
Neste estudo essa ferramenta não foi utilizada, pois além <strong>de</strong> muito ampla não abrange<br />
todos os componentes <strong>de</strong>sta, ao mesmo tempo em que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> aprofundar na<br />
especificida<strong>de</strong> das categorias. Portanto, optou-se por adaptar a ficha <strong>de</strong> avaliação<br />
fisioterapêutica para obter informações relacionadas à <strong>de</strong>ficiência física - função e<br />
estrutura do corpo - das vítimas não fatais <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte. Deu-se a validação<br />
<strong>de</strong>ste instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados junto a outros profissionais fisioterapêutas que<br />
atuavam no CRIDAC.<br />
Em agosto e setembro <strong>de</strong> 2009 foi efetuado um levantamento para se conhecer a<br />
<strong>de</strong>manda e o fluxo das vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte atendidas no CRIDAC. Foi<br />
constatado que não seria simples o processo <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados, pois o serviço <strong>de</strong><br />
fisioterapia do CRIDAC é dividido em nove setores, havendo assim várias<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> encaminhamento dos pacientes internamente. Por este motivo, houve<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se buscar diariamente os pacientes que aten<strong>de</strong>ssem a <strong>de</strong>finição da<br />
população <strong>de</strong> estudo, tanto na porta <strong>de</strong> entrada do serviço (setor <strong>de</strong> agendamento do<br />
CRIDAC), quanto em cada um dos setores <strong>de</strong> fisioterapia. Também foi constatado que<br />
existe uma <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> paciente que é “encaixada”, isto é, não passa pelo agendamento,<br />
justificada pela urgência no atendimento ou pela prática <strong>de</strong> “favores”, reforçando a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> busca em outros setores.<br />
O papel da pesquisadora restringia-se à avaliação e reavaliação dos pesquisados<br />
e portanto, excluía o acompanhamento (tratamento) fisioterapêutico. No entanto, foi<br />
difícil lidar com o “não assumir o tratamento do paciente”, pois no momento da<br />
avaliação, após esclarecimentos e orientações, mesmo sem intenção, ocorria um<br />
“vínculo” dos pacientes à pesquisadora, que pela sua presença diária nos setores,<br />
facilitava o acesso <strong>de</strong>stes aos esclarecimentos sobre o tratamento. Alguns colegas,<br />
apesar <strong>de</strong> previamente informados, também ficavam aguardando que a pesquisadora<br />
assumisse o tratamento <strong>de</strong>stes pacientes.<br />
Houve ainda dificulda<strong>de</strong> no agendamento <strong>de</strong> algumas reavaliações <strong>de</strong> pacientes<br />
que abandonaram o tratamento. Neste sentido, foram necessários vários contatos, via<br />
telefone com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não se per<strong>de</strong>r o prazo estabelecido na pesquisa; em dois<br />
casos foi necessário o <strong>de</strong>slocamento da pesquisadora até o local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>stas<br />
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