Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1 INTRODUÇÃO<br />
O conhecimento do nível <strong>de</strong> vida e saú<strong>de</strong> da população humana é assunto <strong>de</strong><br />
inúmeras pesquisas e <strong>de</strong> extremo interesse por parte <strong>de</strong> organismos governamentais e<br />
não governamentais. É também um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para as instituições que <strong>de</strong>sejam<br />
promover ações que modifiquem <strong>de</strong>terminada realida<strong>de</strong>. Na análise da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> uma população são utilizados, principalmente, indicadores <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>, obtidos<br />
através <strong>de</strong> estatísticas do registro civil, e alguns <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong>, referentes à incidência e<br />
prevalência das doenças. No entanto, é necessário que se ultrapasse os limites da<br />
mortalida<strong>de</strong>, da incidência e da prevalência dos agravos, para se mensurar o<br />
comprometimento <strong>de</strong> vida saudável ocasionado por estes eventos. A diminuição no<br />
patamar <strong>de</strong> vida saudável e plena é o que <strong>de</strong>manda, com maior freqüência, atendimento<br />
pelos sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (LAURENTI e BUCHALLA, 1999; MS, 2005; COSTA, 2006;<br />
MELLO JORGE e KOIZUME, 2007; MS, 2008b; SOARES et al., 2009).<br />
No século XX ocorreram profundas mudanças no modo <strong>de</strong> vida da humanida<strong>de</strong>.<br />
Os marcos mais importantes <strong>de</strong>sse período foram a industrialização, a urbanização<br />
explosiva e a incorporação <strong>de</strong> novos conhecimentos científicos e tecnológicos às<br />
práticas, que não se estabeleceram <strong>de</strong> forma homogênea nas socieda<strong>de</strong>s<br />
contemporâneas. Além disso, a distribuição <strong>de</strong>sigual das patologias, bem como o<br />
momento histórico em que aparecem, tem sido associada aos diferentes ritmos <strong>de</strong><br />
transformação social. Os fatores <strong>de</strong>mográficos, econômicos e sociais, juntamente com o<br />
envelhecimento da população, continuam interferindo no processo <strong>de</strong> transição<br />
epi<strong>de</strong>miológica. A queda da mortalida<strong>de</strong> geral é consequência, entre outros fatores, <strong>de</strong><br />
melhores condições <strong>de</strong> vida, especialmente através do controle das doenças infecciosas,<br />
resultando no aumento da expectativa <strong>de</strong> vida e na proporção <strong>de</strong> idosos na composição<br />
populacional (BARRETO e CARMO, 1998; LESSA, 1999; PONTES et al., 2009).<br />
O prolongamento da vida vem acarretando importantes consequências no nível<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população, passando a predominar, no perfil <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> dos países<br />
<strong>de</strong>senvolvidos e em <strong>de</strong>senvolvimento, as doenças crônicas não-transmissíveis<br />
(BARRETO e CARMO, 1998; LAURENTI e BUCHALLA, 1999; LESSA, 1999;<br />
COSTA, 2006; PONTES et al., 2009). Um fator, <strong>de</strong> extrema relevância e que tem<br />
influência nessa transição é o aumento, nesta categoria <strong>de</strong> doenças crônicas não<br />
18