Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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OLIVEIRA, 2006; SOARES, 2008; OLIVEIRA e MELLO JORGE, 2008; OLIVEIRA<br />
e MELLO JORGE, 2008b; MS, 2009).<br />
MINAYO (2006) afirma que as lesões e traumas, consequentes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e<br />
violências, ocupam o sexto lugar do total das internações hospitalares e o custo médio<br />
<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> internação é bem maior do que o das <strong>de</strong>mais.<br />
Em Cuiabá, no ano <strong>de</strong> 2006, as causas externas ocupavam o segundo lugar entre<br />
as causas <strong>de</strong> morte. No período <strong>de</strong> 2001 a 2007 ocupou o terceiro lugar em causas <strong>de</strong><br />
internação hospitalar no SUS, apresentando um gasto crescente <strong>de</strong> recursos financeiros<br />
(OLIVEIRA e NEVES, 2010). Em Mato Grosso, no período <strong>de</strong> 2001 a 2007, tais<br />
agravos ocuparam o segundo lugar entre as causas <strong>de</strong> morte (SES/MT, 2010).<br />
O Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS, 2005) reforça que há altos custos provenientes <strong>de</strong><br />
danos, lesões, traumas e mortes por causas externas, porém são incalculáveis os<br />
prejuízos relacionados a danos mentais, emocionais, anos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> vida<br />
perdidos.<br />
1.3.1 Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Transporte<br />
A CID-10 (OMS, 2003, p. 976) <strong>de</strong>fine que aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte “é todo<br />
aci<strong>de</strong>nte que envolve um veículo <strong>de</strong>stinado, ou usado no momento do aci<strong>de</strong>nte,<br />
principalmente para o transporte <strong>de</strong> pessoas ou <strong>de</strong> mercadorias <strong>de</strong> um lugar para o<br />
outro”, e está <strong>de</strong>talhado nos códigos V01 a V99.<br />
Segundo a OMS (2002) no ano 2000 estimou-se que 1,6 milhões <strong>de</strong> pessoas em<br />
todo mundo morreram em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> violências e aci<strong>de</strong>ntes, com consi<strong>de</strong>rável<br />
variação entre os países, mas a maioria <strong>de</strong>ssas mortes ocorreu nos países com média e<br />
baixa renda. Do total <strong>de</strong>sses óbitos, mais <strong>de</strong> 1,2 milhões <strong>de</strong> pessoas morreram em<br />
consequência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte, sendo a gran<strong>de</strong> maioria adultos jovens. De<br />
acordo com o Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS, 2005), no Brasil os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte<br />
ocupam o primeiro lugar no ranking <strong>de</strong> mortes entre as causas externas.<br />
Inúmeras iniciativas com relação ao trânsito têm sido tomadas em vários países<br />
por enten<strong>de</strong>rem que é um problema passível <strong>de</strong> intervenção por meio <strong>de</strong> práticas<br />
saudáveis. Mas o problema é muito mais complexo, envolvendo veículos, motoristas,<br />
vias públicas, pe<strong>de</strong>stres, ciclistas, sinalizações, atitu<strong>de</strong>s dos envolvidos, entre outros.<br />
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