Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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transmissíveis, dos indivíduos com sequelas provocadas por lesões não fatais <strong>de</strong><br />
aci<strong>de</strong>ntes e violências (OMS, 2002; MS, 2005; MINAYO, 2006; PONTES et al., 2009).<br />
Tanto os traumas e as lesões não fatais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e violências,<br />
quanto o aumento da expectativa <strong>de</strong> vida são marcadas por uma progressiva redução da<br />
capacida<strong>de</strong> do indivíduo <strong>de</strong> realizar ativida<strong>de</strong>s diárias e por dificulda<strong>de</strong>s para<br />
<strong>de</strong>sempenhar papéis socialmente esperados. É importante <strong>de</strong>stacar que a evolução<br />
tecnológica nos cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tem possibilitado maior sobrevida da população em<br />
geral, especialmente, das pessoas com <strong>de</strong>ficiências (SAMPAIO e LUZ, 2009).<br />
Para conhecer a realida<strong>de</strong> brasileira, o censo <strong>de</strong>mográfico <strong>de</strong> 1991, pela primeira<br />
vez, pesquisou sobre pessoas com <strong>de</strong>ficiência, confirmando a presença <strong>de</strong> 2.198.988<br />
<strong>de</strong>ficientes, isto é, 1,49% da população. Já o censo <strong>de</strong> 2000 introduziu novos conceitos<br />
em relação à <strong>de</strong>ficiência, conforme recomendado pela Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
(OMS), e contabilizou assim 24,6 milhões <strong>de</strong> pessoas com algum tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência ou<br />
incapacida<strong>de</strong>. Isto representa 14,5% da população brasileira e é a informação que mais<br />
se aproxima da realida<strong>de</strong> e dos dados internacionais (IBGE, 2003; MS, 2008b).<br />
Dentre a população com <strong>de</strong>ficiência no Brasil, 48,1% tem <strong>de</strong>ficiência visual,<br />
27,0% <strong>de</strong>ficiência motora ou física, 16,7% <strong>de</strong>ficiência auditiva e 8,3% <strong>de</strong>ficiência<br />
intelectual. Entre as principais causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências estão: 1º) transtornos congênitos e<br />
perinatais; 2º) doenças transmissíveis e crônicas não-transmissíveis; 3º) perturbações<br />
psiquiátricas; 4º) abuso <strong>de</strong> álcool e drogas; 5º) <strong>de</strong>snutrição; e 6º) traumas e lesões<br />
<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e violências (IBGE, 2003).<br />
No Brasil, as causas externas (aci<strong>de</strong>ntes e violências) têm assumido caráter<br />
epidêmico, pois se apresentam como uma das principais causas <strong>de</strong> morte em todos os<br />
estados. Existem ainda os indivíduos que sofreram lesões não fatais e, apesar dos<br />
esforços para melhorar esse tipo <strong>de</strong> informação em saú<strong>de</strong>, pouco se conhece sobre a<br />
quantida<strong>de</strong> e, muito menos, sobre quais os tipos <strong>de</strong> sequelas e incapacida<strong>de</strong>s essas<br />
pessoas sofrem (MS, 2005; MELLO JORGE e KOIZUMI, 2007; MS, 2008a; SOARES,<br />
2008; SOARES et al., 2009).<br />
A Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS, 2002) afirma que os aci<strong>de</strong>ntes e<br />
violências vêm acarretando um grave problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública em todo o mundo e<br />
representam crescentes gastos <strong>de</strong> recursos, principalmente financeiros.<br />
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