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Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

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ANDRADE e MELLO JORGE (2001) <strong>de</strong>stacaram o problema crescente dos<br />

aci<strong>de</strong>ntes envolvendo motocicletas. Isso ocorre principalmente <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> uso<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> veículo, pois se trata <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong> transporte ágil e mais barato que o<br />

automóvel; também pela fragilida<strong>de</strong> dos motociclistas, que têm o corpo mais exposto e<br />

pela maior prevalência <strong>de</strong> comportamentos ina<strong>de</strong>quados no trânsito, além da gran<strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> visualização das motos pelos outros motoristas.<br />

Entre os estados do Centro-Oeste, em 2005, Mato Grosso apresentou a maior<br />

frota <strong>de</strong> motocicletas, com uma taxa por mil habitantes mais elevada que a da região e<br />

do país, ocupando o segundo lugar no ranking brasileiro (MELLO JORGE e KOIZUMI,<br />

2007).<br />

No presente trabalho, os motociclistas representaram 71% das vítimas <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte. Estes aci<strong>de</strong>ntes predominaram em ambos os sexos, com uma<br />

diferença: enquanto a quase totalida<strong>de</strong> dos homens era condutor, a maioria das mulheres<br />

estava na situação <strong>de</strong> passageiro. Em estudos <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> hospitalar e atendimento <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> urgência e emergência o percentual <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte envolvendo<br />

motos variou <strong>de</strong> 37,7% a 49,1% (ANDRADE e MELLO JORGE, 2001; MARCHESE<br />

et al., 2008; OLIVEIRA e MELLO JORGE, 2008b; CALIL et al., 2009; MS, 2009;<br />

SOARES et al., 2009; DALL’AGLIO, 2010).<br />

A frequência mais elevada <strong>de</strong> motociclistas na <strong>de</strong>manda ao CRIDAC, em<br />

relação aos estudos <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>, morbida<strong>de</strong> hospitalar ou <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> emergência,<br />

ressalta a maior exposição <strong>de</strong>ssa população, principalmente a aci<strong>de</strong>ntes graves, que<br />

redundam em maior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> reabilitação. E mulheres, ainda que<br />

como passageiras, são expostas ao mesmo risco.<br />

As características das lesões foram analisadas, segundo a CID-10, <strong>de</strong> duas<br />

formas: 1) por paciente e 2) pelo total <strong>de</strong> lesões que ocorreram, discriminando assim os<br />

politraumatismos.<br />

Dentre os 69 pacientes, 68,1% tiveram traumatismos envolvendo uma única<br />

região do corpo (S00 e S99) e 31,9% tiveram traumatismos envolvendo múltiplas<br />

regiões do corpo (T00-T07). As áreas do corpo mais lesionadas foram, primeiramente,<br />

os membros inferiores, seguidos pelos membros superiores e por locais múltiplos,<br />

informação observada em outros estudos em que também predominaram os<br />

motociclistas. Em serviços <strong>de</strong> emergência, alguns autores (OLIVEIRA, 2006;<br />

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