Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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(MARCHESE et al., 2008; SOARES et al., 2009). Pouco mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes foram<br />
notificados, ou seja, tiveram a Comunicação <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Trabalho (CAT)<br />
preenchida, evi<strong>de</strong>nciando que os que não o fizeram foram por falta <strong>de</strong> informação a<br />
respeito <strong>de</strong>ste benefício, ou por não se tratar <strong>de</strong> um trabalho formal. SOARES et al.<br />
(2009) <strong>de</strong>screvem que ocorreram 37,8% aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho do total <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
transporte, <strong>de</strong>stes, 39,6% eram motociclistas, justificando o quanto é crescente o uso <strong>de</strong><br />
motocicletas para o trabalho, especialmente nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> “motoboy” e<br />
“mototaxi”. Em Alta Floresta (MARCHESE et al., 2008) esse percentual também<br />
apresentou-se elevado (41,5%).<br />
Aproximadamente 16,0% dos indivíduos estudados referiram estar alcoolizados<br />
no momento do aci<strong>de</strong>nte, percentual que se encontra no intervalo <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> outros<br />
estudos, <strong>de</strong> 13,4% a 24,2% (DESLANDES e SILVA, 2000; OLIVEIRA, 2006;<br />
MARCHESE et al., 2008, MS, 2009; SOARES et al., 2009; CAIXETA et al., 2010).<br />
A maioria dos aci<strong>de</strong>ntes que <strong>de</strong>mandou reabilitação ocorreu no fim <strong>de</strong> semana<br />
(sábado ou domingo), assim como em outros estudos (DESLANDES e SILVA, 2000;<br />
ANDRADE e MELLO JORGE, 2001; OLIVEIRA e MELLO JORGE, 2008;<br />
OLIVEIRA e MELLO JORGE, 2008b; CAIXETA et al., 2010). Neste caso, po<strong>de</strong>riam<br />
estar relacionados ao lazer e ao uso <strong>de</strong> álcool (pelas vítimas ou pelos eventuais<br />
causadores do aci<strong>de</strong>nte), não se <strong>de</strong>scartando também o maior movimento <strong>de</strong><br />
motocicletas em serviços <strong>de</strong> entrega, principalmente <strong>de</strong> alimentos, em fins <strong>de</strong> semana.<br />
Lesões e circunstâncias dos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte<br />
Segundo MELLO JORGE e KOIZUMI (2007), no Brasil, em 2004, os pe<strong>de</strong>stres<br />
constituíram as vítimas que mais foram a óbito. Em contraste, no Estado <strong>de</strong> Mato<br />
Grosso e na região Centro-Oeste foram os ocupantes <strong>de</strong> carro. Mato Grosso ocupa o<br />
primeiro lugar em mortes <strong>de</strong> ocupantes <strong>de</strong> veículo e o segundo em mortes <strong>de</strong><br />
motociclistas (taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 12,0 e 6,6 por cem mil habitantes,<br />
respectivamente). Vale <strong>de</strong>stacar, que no período <strong>de</strong> 1996 a 2005 a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> motociclistas teve o maior aumento (540,0%), assim como o número <strong>de</strong> internações<br />
para esse tipo <strong>de</strong> vítima (aumento <strong>de</strong> 83,0% no período <strong>de</strong> 2000 a 2005) no estado.<br />
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