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Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

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1.3 AS CAUSAS EXTERNAS (ACIDENTES E VIOLÊNCIAS)<br />

Segundo a OMS (2002, p. 5) a violência é <strong>de</strong>finida como “o uso da força física<br />

ou <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um<br />

grupo ou comunida<strong>de</strong>, que resulte ou tenha qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resultar em lesão,<br />

morte, dano psicológico, <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ou privação”.<br />

Para o Ministério da Saú<strong>de</strong> a violência é <strong>de</strong>finida como “o evento representado<br />

por ações realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, que ocasionam danos<br />

físicos, emocionais, morais e/ou espirituais a si próprio ou a outros” (MS, 2002, p. 7). Já<br />

aci<strong>de</strong>nte “é o evento não-intencional e evitável, causador <strong>de</strong> mortes ou lesões físicas e<br />

emocionais, no ambiente doméstico ou nos outros ambientes sociais como o do<br />

trabalho, o do trânsito, o da escola, o do esporte e do lazer” (MS, 2002, p. 8).<br />

Ambos configuram um conjunto <strong>de</strong> agravos à saú<strong>de</strong> e ocupam a mesma<br />

categoria <strong>de</strong>nominada “Causas Externas”, Capítulo XX da Classificação <strong>Internacional</strong><br />

das Doenças (CID-10), e se encontram sob os códigos V01 a Y98 da 10ª revisão. Essas<br />

causas são também classificadas segundo sua natureza e segmento corpóreo afetado,<br />

presentes no capítulo XIX (OMS, 2003). A classificação das causas externas em<br />

violência ou aci<strong>de</strong>ntes muitas vezes é imprecisa, pois é difícil estabelecer o grau <strong>de</strong><br />

intencionalida<strong>de</strong> em que <strong>de</strong>terminados agravos ocorreram (MS, 2005).<br />

No Brasil, entre 1990 e 2004, a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por causas externas<br />

aumentou em praticamente todas as regiões, e o Centro-Oeste vem ocupando o primeiro<br />

lugar neste ranking (RIPSA, 2008).<br />

Quanto à morbida<strong>de</strong>, em 2005, aproximadamente 9,0% das internações foram<br />

por lesões e traumatismos provenientes <strong>de</strong> causas externas, das quais os principais tipos<br />

foram: quedas (41,8%), aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte (15,8%), agressões mais intervenções<br />

legais e operações <strong>de</strong> guerra (10,0%) e lesões autoprovocadas (7,8%) (MS, 2006).<br />

Atualmente os aci<strong>de</strong>ntes e as violências têm ocupado lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque entre as<br />

causas <strong>de</strong> atendimentos e internações no Brasil, acarretando alta <strong>de</strong>manda aos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sofrimento para as vítimas e seus familiares. Além disso, tais agravos<br />

resultam em elevados custos diretos e indiretos, e também em inúmeras sequelas, que<br />

afetam a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sses indivíduos (BLANK, 2002; MINAYO, 2006;<br />

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