Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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obrigatorieda<strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> capacete, por essa população po<strong>de</strong>ria explicar a menor<br />
prevalência <strong>de</strong> lesões na cabeça. Por outro lado, não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scartar a possibilida<strong>de</strong><br />
das vítimas com lesões na cabeça (mesmo motociclistas) terem morrido, o que<br />
explicaria a menor prevalência observada no CRIDAC. Neste sentido, SANTOS et al.<br />
(2008) <strong>de</strong>stacam que os traumatismos cranioencefálicos foram os responsáveis pela<br />
maioria dos óbitos (85,7%).<br />
Deficiências físicas <strong>de</strong>correntes dos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte<br />
A avaliação funcional das vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>u-se a partir da<br />
avaliação fisioterapêutica e com base na CIF, pois este instrumento não se preocupa<br />
apenas com a localização anatômica e a intensida<strong>de</strong> da lesão, como por exemplo, o grau<br />
<strong>de</strong> limitação da amplitu<strong>de</strong> articular ou o grau <strong>de</strong> diminuição <strong>de</strong> força muscular. Para<br />
qualificar o problema físico do indivíduo, segundo a OMS (2008) é <strong>de</strong> suma<br />
importância saber o quanto este problema está presente no seu dia-a-dia, o quanto<br />
interfere na sua vida diária e a frequência em que ocorre nos últimos 30 dias.<br />
Deficiência, segundo a CIF (OMS, 2008), é qualquer problema na função ou na<br />
estrutura do corpo. Não é um título que se dá ao indivíduo, mas sim um problema<br />
i<strong>de</strong>ntificado <strong>de</strong>ntre as funções fisiológicas e as partes anatômicas do corpo.<br />
As funções relatadas neste estudo foram as mais <strong>de</strong>tectadas na avaliação dos<br />
pacientes e são elas: as funções sensoriais e relacionadas à dor e as funções<br />
neuromusculoesqueléticas (mobilida<strong>de</strong> articular, força muscular, padrão <strong>de</strong> marcha e<br />
tônus muscular). ALMEIDA (2002) afirma que a CIF é um avanço no que diz respeito<br />
às propostas <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s e as condições específicas das pessoas<br />
com <strong>de</strong>ficiência, e é também uma ferramenta que possibilita realizar uma avaliação<br />
multidirecional da funcionalida<strong>de</strong> do indivíduo.<br />
Dentre as funções sensoriais e relacionadas à dor (b2), as mais <strong>de</strong>tectadas foram<br />
a sensação <strong>de</strong> dor (que é a sensação <strong>de</strong>sagradável, indicando assim uma lesão potencial<br />
ou real em alguma parte do corpo), e as alterações da sensibilida<strong>de</strong> para estímulos <strong>de</strong><br />
temperatura e outros estímulos (vibração, pressão e estímulos nocivos).<br />
Com relação às funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento<br />
(b7) foram encontradas: diminuição da mobilida<strong>de</strong> das articulações, em pelo menos uma<br />
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