Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
• Entre os pe<strong>de</strong>stres predominaram as fraturas e as amputações; presença <strong>de</strong> todas<br />
as <strong>de</strong>ficiências funcionais, com 100,0% <strong>de</strong> comprometimento do padrão <strong>de</strong><br />
marcha e da força muscular. A maioria dos comprometimentos da estrutura do<br />
corpo foi <strong>de</strong> grau completo;<br />
• Entre as vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com bicicleta, o padrão <strong>de</strong> lesões e <strong>de</strong>ficiências foi<br />
parecido com o dos motociclistas;<br />
• Nas vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com automóvel, além <strong>de</strong> se sobressaírem as fraturas,<br />
foram mais frequentes as <strong>de</strong>ficiências relacionadas à mobilida<strong>de</strong> articular, força<br />
muscular e padrão <strong>de</strong> marcha, com comprometimentos da estrutura do corpo em<br />
grau completo;<br />
• Nas <strong>de</strong>mais vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte os traumatismos múltiplos e<br />
luxação/entorse foram as lesões mais comuns, que acarretaram <strong>de</strong>ficiências<br />
relacionadas à força muscular e mobilida<strong>de</strong> articular, com elevado percentual <strong>de</strong><br />
lesões graves e completas.<br />
A utilização conjunta da CID-10 e CIF propiciou informação mais completa da<br />
situação e das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte que<br />
<strong>de</strong>mandaram ao CRIDAC. DI NUBILA e BUCHALLA (2008) e OMS (2008) <strong>de</strong>stacam<br />
que essas classificações são complementares, pois a primeira tem informações sobre o<br />
diagnóstico e a segunda sobre a funcionalida<strong>de</strong>, e em conjunto fornecem uma visão<br />
mais completa e significativa da saú<strong>de</strong> das pessoas. A CID-10 tem um sistema <strong>de</strong><br />
codificação que possibilita classificar as condições ou estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (doenças, lesões,<br />
sinais, sintomas, etc) no seu aspecto etiológico, anátomo funcional, anátomo patológico,<br />
clínico e epi<strong>de</strong>miológico. Já a CIF tem um sistema <strong>de</strong> codificação que visa classificar<br />
condições ou estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os aspectos relacionados à saú<strong>de</strong> (aspectos físicos,<br />
sociais, ambientais, etc), <strong>de</strong> forma dinâmica e complexa.<br />
Neste sentido, as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização conjunta da CID-10 e CIF são<br />
amplas, pois po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>screver qualquer condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />
incapacida<strong>de</strong>. A CIF é uma ferramenta complexa, assim como é complexa a condição<br />
<strong>de</strong> existência <strong>de</strong> qualquer ser humano (DI NUBILA, 2007).<br />
DI NUBILA (2010; p. 123) ainda faz uma importante afirmação, corroborada<br />
pelos resultados <strong>de</strong>ste estudo, quanto ao uso da CIF quando diz:<br />
95