Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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prevenção não é priorizada como meta estratégica para a redução <strong>de</strong>sses índices no<br />
plano <strong>de</strong> governo (SES/MT, 2010).<br />
Alguns aspectos do perfil socioeconômico e da circunstância do aci<strong>de</strong>nte são<br />
bem distintos entre as vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte: as fatais, as atendidas nas<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> urgência e emergência, as internadas em hospitais e as atendidas numa<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reabilitação. Isso sugere que po<strong>de</strong> haver uma relação entre o perfil da vítima<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte e a os níveis <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>/letalida<strong>de</strong> das lesões e trauma.<br />
Desta forma, os resultados apontam para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer melhor essas<br />
diferentes realida<strong>de</strong>s a fim <strong>de</strong> atuar também <strong>de</strong> forma diversa na promoção e prevenção<br />
<strong>de</strong>sses agravos nos diferentes níveis <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Para a utilização da CIF é necessária uma capacitação prévia do instrumento, o<br />
que não é diferente <strong>de</strong> outras ferramentas, mas não há gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s à sua<br />
aplicação. A maior <strong>de</strong>las encontrada foi quanto à subjetivida<strong>de</strong> para se qualificar os<br />
códigos, mas com maior utilização <strong>de</strong>sse instrumento po<strong>de</strong>-se melhorar ou padronizar a<br />
forma <strong>de</strong> utilizar o qualificador.<br />
Portanto verifica-se que é possível e se <strong>de</strong>ve classificar/codificar as <strong>de</strong>ficiências<br />
físicas dos pacientes atendidos em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reabilitação, especialmente utilizando a<br />
CIF, para conhecer melhor quem são estes sujeitos e quais são suas necessida<strong>de</strong>s, e para<br />
acompanhar a evolução do seu quadro clínico. Isto permitirá melhorar a qualida<strong>de</strong> da<br />
informação que subsidiará o planejamento das ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pois somente<br />
com o diagnóstico isso não é possível.<br />
Além da utilização da CIF ser recomendada nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, há a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas que utilizem este instrumento,<br />
especialmente envolvendo vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte, que por sua elevada<br />
frequência impõe gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> especializados.<br />
Alguns pontos po<strong>de</strong>riam facilitar o uso da CIF seja nos serviços ou em<br />
pesquisas: especificar quando as funções sensoriais e reflexos, que são respostas do<br />
sistema neurológico, po<strong>de</strong>m redundar em alterações aumentadas ou diminuídas; incluir<br />
uma codificação para a sensação <strong>de</strong> membro fantasma, que ocorre com gran<strong>de</strong><br />
frequência nas amputações; contemplar os padrões e fases da marcha.<br />
Neste estudo, constatou-se que o uso da CIF também permitiu conhecer,<br />
sistematicamente, a <strong>de</strong>manda do serviço, as pessoas que o utilizam e a evolução <strong>de</strong>stas<br />
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