Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Historicamente, a rápida urbanização e a concomitante motorização, inicialmente nos<br />
países <strong>de</strong>senvolvidos e <strong>de</strong>pois nos em <strong>de</strong>senvolvimento, contribuíram para o<br />
crescimento dos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito, e isso não foi acompanhado por uma apropriada<br />
engenharia <strong>de</strong> vias públicas. Também <strong>de</strong>ixaram a <strong>de</strong>sejar os programas <strong>de</strong><br />
sensibilização, educação, prevenção <strong>de</strong> riscos e repressão das infrações <strong>de</strong> trânsito (MS,<br />
2005).<br />
A taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte só vem aumentando nesta<br />
última década em todo o Brasil, especialmente no Centro-Oeste e em Mato Grosso<br />
(MELLO JORGE e KOIZUMI, 2007; SOUZA et al., 2007; RIPSA, 2008).<br />
Proporcionalmente, também houve aumento das internações em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong><br />
aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte e os principais motivos foram: atropelamento (33,7%) e<br />
aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> motocicleta (24,7%) (MS, 2006). Uma das causas po<strong>de</strong> ser o incremento da<br />
frota <strong>de</strong> veículos, especialmente <strong>de</strong> motocicletas, que se elevou 65,0% no período <strong>de</strong><br />
2000 a 2001 (MELLO JORGE e KOIZUMI, 2007).<br />
As vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte constituíram o segundo grupo mais<br />
frequente por causas externas, tanto no que se refere aos atendimentos nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
urgência e emergência, quanto na mortalida<strong>de</strong>, em Cuiabá e na Gran<strong>de</strong> Cuiabá, com<br />
tendência crescente (OLIVEIRA e MELLO JORGE, 2008b; SOARES et al., 2009).<br />
OLIVEIRA e NEVES (2010) <strong>de</strong>stacam que apesar <strong>de</strong> ter apresentado redução <strong>de</strong> 6,5%<br />
na taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> entre os anos <strong>de</strong> 2000 e 2006, os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte<br />
configuravam ainda a terceira causa <strong>de</strong> morte em Cuiabá no ano <strong>de</strong> 2006.<br />
Entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 2005, o risco <strong>de</strong> morrer por aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte em<br />
Cuiabá e em Mato Grosso apresentou-se maior que a média brasileira, conforme os<br />
estudos <strong>de</strong> OLIVEIRA (2006), SOARES (2008) e <strong>de</strong> OLIVEIRA e MELLO JORGE<br />
(2008a). Predominam neste quadro <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte:<br />
indivíduos do sexo masculino (73,2%), adultos jovens (70,0%), ocupantes <strong>de</strong> automóvel<br />
(32,3%), pe<strong>de</strong>stres (23,6%) e motociclistas (22,0%).<br />
As internações por lesões <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte, entre os<br />
resi<strong>de</strong>ntes da Gran<strong>de</strong> Cuiabá, representaram 19,2% do total <strong>de</strong> internações por causas<br />
externas, no período <strong>de</strong> 1998 a 2005, também com predominância <strong>de</strong> indivíduos do sexo<br />
masculino. Observou-se nesse período que o número <strong>de</strong> internação por causas externas,<br />
31