Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
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“O ‘diagnóstico’ sozinho não prevê a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços, tempo <strong>de</strong><br />
hospitalização, nível <strong>de</strong> cuidados ou resultados funcionais. A presença <strong>de</strong><br />
uma doença ou distúrbio também não é um bom preditor para o recebimento<br />
<strong>de</strong> benefícios por incapacida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sempenho para o trabalho, potencial para<br />
o retorno ao trabalho ou mesmo <strong>de</strong> integração social. Isto significa que, se<br />
usarmos uma classificação médica <strong>de</strong> diagnóstico sozinha, não teremos a<br />
informação necessária para propósitos <strong>de</strong> gerenciamento e planejamento <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>.”<br />
A evolução dos pacientes<br />
Utilizando-se a CIF pô<strong>de</strong>-se também verificar a evolução das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
das pessoas, tanto no que diz respeito à melhora ou piora do quadro clínico, quanto a<br />
adaptações, enfrentamentos, entre outros. Isso foi possível <strong>de</strong>vido ao uso dos<br />
qualificadores, que mensuram a magnitu<strong>de</strong> da <strong>de</strong>ficiência (OMS, 2008).<br />
Cerca <strong>de</strong> 40,0% das vítimas não tiveram alta no período <strong>de</strong> estudo, pois<br />
necessitavam <strong>de</strong> um tratamento mais prolongado e cerca <strong>de</strong> 38,0% concluíram o<br />
tratamento em menos <strong>de</strong> três meses, apresentando-se aptos para retomarem as ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> vida diária, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxílio técnico (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte).<br />
A quase totalida<strong>de</strong> dos pacientes que iniciaram o estudo foi reavaliada, sendo<br />
que o tempo médio entre a data da avaliação e a data da reavaliação foi 76,4 dias.<br />
Evolução positiva do quadro funcional foi i<strong>de</strong>ntificada principalmente na força<br />
muscular, na sensação <strong>de</strong> dor e no padrão da marcha.<br />
Das vítimas que apresentaram alterações das funções sensoriais na avaliação,<br />
cerca <strong>de</strong> 25,0% não mais as manifestaram, na reavaliação; as que mantiveram alterações<br />
referiram-nas em grau menor <strong>de</strong> qualificação. Isto sugere que: as alterações, na sua<br />
maioria, eram temporárias, presentes <strong>de</strong>vido à lesão recente; o tratamento fisioterápico<br />
foi efetivo; e uma conjunção das duas possibilida<strong>de</strong>s.<br />
Quanto à dor, 41,1% dos pacientes não manifestaram mais nenhuma dor e a<br />
redução nos níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências grave e completo foi bastante expressiva.<br />
Observa-se que no momento da avaliação aproximadamente 63,0% dos<br />
pacientes apresentavam mobilida<strong>de</strong> articular em níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências grave ou<br />
completa, enquanto que na reavaliação esse percentual <strong>de</strong>cresceu para 22,6%. Também<br />
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