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Proposta do Andes para a Universidade Brasileira - ADUR-RJ

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e) Condições de trabalho <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes<br />

A consolidação de um padrão unitário de qualidade <strong>para</strong> o ensino superior exige a<br />

implementação de algumas condições <strong>para</strong> o trabalho <strong>do</strong>cente, tais como: carreira<br />

unificada <strong>para</strong> as instituições de ensino superior, isonomia salarial, estabilidade no<br />

emprego, carga e estrutura curricular, regime de contratação, concursos públicos de<br />

provas e títulos <strong>para</strong> ingresso na carreira, critérios <strong>para</strong> aprovação de projetos de<br />

pesquisa, política de capacitação <strong>do</strong>cente, etc.<br />

3 Política de Transição<br />

A simples a<strong>do</strong>ção de um padrão unitário de qualidade não significa a construção<br />

de um modelo pronto e acaba<strong>do</strong> de universidade, mas um conjunto articula<strong>do</strong> e mínimo<br />

de condições de trabalho, o que implica necessariamente a definição de políticas que<br />

respeitem as especificidades de cada setor. Isto é, supõe a a<strong>do</strong>ção de políticas de<br />

transição que viabilizem a continuidade da luta geral, a partir de realidades distintas e<br />

encaminhem progressivamente a unificação concreta das condições de trabalho e de<br />

qualidade <strong>do</strong> ensino e da pesquisa.<br />

A política de transição, especialmente nas IPES, consiste na superação progressiva <strong>do</strong>s<br />

entraves à realização de um ensino entendi<strong>do</strong> como serviço público e na afirmação da<br />

preponderância de critérios educacionais no âmbito de uma administração estritamente<br />

empresarial. A política de transição que tem como meta a construção de um padrão<br />

unitário de qualidade <strong>para</strong> a universidade brasileira e a desprivatização progressiva das<br />

IES, deve assegurar:<br />

a) a democratização interna das estruturas de decisão educacional e<br />

administrativa;<br />

b) o controle público da vida universitária, entendi<strong>do</strong> como participação<br />

democrática e aberta <strong>do</strong>s segmentos que constituem a universidade na fiscalização da<br />

gestão acadêmica e financeira das IES;<br />

c) o estabelecimento de uma carreira única <strong>para</strong> o magistério das IES e de um<br />

plano nacional de capacitação;<br />

d) a integração efetiva de ensino, pesquisa e extensão no contexto de um projeto<br />

pedagógico educacional global formula<strong>do</strong> pela comunidade universitária e vincula<strong>do</strong> às<br />

reais necessidades da sociedade;<br />

e) a autonomia acadêmica e administrativa das IES frente às mantene<strong>do</strong>ras;<br />

f) o direito à organização sindical de <strong>do</strong>centes e de técnicos-administrativos e<br />

autonomia de organização <strong>do</strong> corpo discente;<br />

g) avaliação institucional democrática.<br />

A concretização <strong>do</strong> Padrão Unitário de Qualidade <strong>para</strong> as <strong>Universidade</strong>s<br />

<strong>Brasileira</strong>s, resguardada a vocação <strong>para</strong> a diversidade própria de cada instituição,<br />

contribuirá <strong>para</strong> a superação de inúmeras dificuldades que, no âmbito <strong>do</strong> ensino superior,<br />

têm impedi<strong>do</strong> um real desempenho da universidade como instituição social de interesse<br />

público.

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