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Proposta do Andes para a Universidade Brasileira - ADUR-RJ

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Nessa ótica, deve-se realizar a avaliação <strong>do</strong> desempenho de cada <strong>do</strong>cente<br />

vincula<strong>do</strong> à instituição com o objetivo de estimular o seu aperfeiçoamento no exercício <strong>do</strong><br />

ensino, da pesquisa e da extensão, e fornecer subsídios <strong>para</strong> sua progressão na carreira<br />

<strong>do</strong>cente.<br />

Convicto desses princípios, o 37º CONAD, (Belo Horizonte/MG, nov. - 1998),<br />

deliberou a veiculação de uma ampla denúncia <strong>do</strong>s efeitos danosos da implementação da<br />

Gratificação de Estímulo à Docência - GED, imposta à categoria <strong>do</strong>cente pelo governo de<br />

Fernan<strong>do</strong> Henrique Car<strong>do</strong>so, durante a greve de 1998, que aprofun<strong>do</strong>u o modelo de<br />

controle eficientista sobre os <strong>do</strong>centes centra<strong>do</strong> em critérios quantitativos de execução de<br />

tarefas, cuja conseqüência imediata foi a quebra da paridade entre ativos e aposenta<strong>do</strong>s.<br />

Deliberou, ainda, lutar pela “incorporação emergencial e imediata <strong>do</strong>s valores integrais da<br />

GED <strong>para</strong> to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes de 1º, 2º e 3º graus, aposenta<strong>do</strong>s e pensionistas”.<br />

Posteriormente, com a criação da GID e a sua equi<strong>para</strong>ção aos valores da GED (greve<br />

de 2001), o Movimento Docente aprovou no 21º CONGRESSO (Rio Grande/RS, fev. -<br />

2002), a luta contra a remuneração <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente sustenta<strong>do</strong> em gratificações de<br />

caráter produtivista, e em defesa da incorporação da GED e da Gratificação de Incentivo<br />

à Docência - GID, nos seus valores mais altos, <strong>para</strong> to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes da Carreira de<br />

Magistério Superior e da Carreira de Magistério de 1º, 2º Graus, bem como <strong>para</strong><br />

aposenta<strong>do</strong>s e pensionistas.<br />

A avaliação externa das IES tem concepções diferenciadas no que se refere ao<br />

caráter público ou priva<strong>do</strong> das instituições. Para as IES públicas, o elemento<br />

preponderante, num processo de avaliação externa, é seu compromisso com a sociedade<br />

que as mantém. Desse mo<strong>do</strong>, prevê-se a instalação, em cada esta<strong>do</strong>, de conselhos<br />

sociais que, na sua composição, representem os diferentes segmentos da sociedade na<br />

qual a instituição se insere. Esses conselhos terão caráter autônomo e consultivo,<br />

deven<strong>do</strong> expressar os interesses substantivos <strong>do</strong>s diferentes setores da sociedade, ten<strong>do</strong><br />

como principal finalidade contribuir <strong>para</strong> a formulação de políticas acadêmicas,<br />

administrativas e financeiras das IES públicas, acompanhan<strong>do</strong> a sua execução. Essas<br />

contribuições deverão ser consideradas pelas plenárias -órgãos máximos de deliberação<br />

das IES-, que terão a responsabilidade de definir, autonomamente, políticas acadêmicas,<br />

científicas e financeiras, estabelecer diretrizes globais <strong>para</strong> o seu funcionamento e<br />

propiciar a avaliação pública de seus resulta<strong>do</strong>s. Tais plenárias deverão ser constituídas,<br />

de forma paritária, por representantes <strong>do</strong>s três segmentos da comunidade universitária,<br />

<strong>do</strong>s órgãos colegia<strong>do</strong>s superiores e <strong>do</strong>s órgãos colegia<strong>do</strong>s das unidades de ensino, nos<br />

termos defini<strong>do</strong>s pelo estatuto e regimento de cada IES, asseguran<strong>do</strong>-se que o número<br />

de representantes <strong>do</strong>s três segmentos seja superior ao <strong>do</strong>s órgãos colegia<strong>do</strong>s.<br />

Nas IES privadas, uma vez que todas são concessionárias de um serviço público,<br />

a avaliação externa deverá ser concebida como um controle sobre o exercício da<br />

concessão. Para tanto, o processo de avaliação externa deverá ser coordena<strong>do</strong> pelo<br />

Ministério da Educação, ten<strong>do</strong> em vista os fins da educação nacional.<br />

A importância de implementar a proposta de avaliação institucional nas IES está<br />

ligada à defesa da autonomia e <strong>do</strong> ensino público e gratuito, pon<strong>do</strong> fim às acusações de<br />

que as IES públicas e seus professores se negam a prestar contas de sua atividade,<br />

apesar de serem sustenta<strong>do</strong>s por verbas públicas.<br />

Temos um quadro que se agrava ainda mais quan<strong>do</strong> se verifica o descaso <strong>do</strong><br />

governo com os problemas sociais e que a democracia é ameaçada pelo autoritarismo<br />

nas práticas institucionais e políticas. Frente a essas constatações, impõe-se ao<br />

Movimento Docente, pelo seu caráter, definir estratégias de enfrentamento destas<br />

políticas, desvelan<strong>do</strong>, inclusive, as tentativas de manipulação das massas, pelo governo,<br />

via mídia eletrônica e outras formas. Nesse contexto, torna-se fundamental a

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