Proposta do Andes para a Universidade Brasileira - ADUR-RJ
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lucrativos e subordinada às normas mínimas nortea<strong>do</strong>ras da estrutura educacional<br />
nacional, especialmente aos padrões unitários de qualidade”.<br />
Outras condicionantes eram ainda acrescentadas com o objetivo de abrir espaço<br />
<strong>para</strong> o processo de democratização interna nas IPES, <strong>para</strong> a melhoria das relações de<br />
trabalho, como a “estabilidade no emprego, remuneração adequada, carreira <strong>do</strong>cente e<br />
técnico-funcional”, dentre outras.<br />
Na continuidade desse ciclo de ações políticas, visan<strong>do</strong> a uma intervenção<br />
coerente com os princípios defendi<strong>do</strong>s pelo Movimento Docente e politicamente eficaz,<br />
essa plataforma foi aprofundada e reformulada no decorrer <strong>do</strong> I CONAD Extraordinário<br />
da ANDES (Brasília/DF, mar. - 1987), sen<strong>do</strong> reafirma<strong>do</strong>s os princípios básicos da versão<br />
anterior. No que diz respeito à alocação de recursos <strong>para</strong> a educação, foi aprova<strong>do</strong> que<br />
“... as verbas públicas destinam-se exclusivamente às escolas públicas criadas e<br />
mantidas pela União, Esta<strong>do</strong>s e Municípios”. Com esta deliberação, as propostas<br />
formuladas anteriormente sobre a regulamentação <strong>do</strong> aporte de recursos públicos <strong>para</strong> as<br />
IES privadas, contidas no Cadernos ANDES nº 2 (item 6, páginas 21 e 22) 9 foram<br />
consideradas superadas.<br />
O passo definitivo quanto a essa questão foi da<strong>do</strong> com a realização <strong>do</strong> I<br />
Congresso Extraordinário da ANDES (Rio de Janeiro/<strong>RJ</strong>, maio - 1987), que referen<strong>do</strong>u a<br />
decisão <strong>do</strong> I CONAD Extraordinário com respeito à destinação exclusiva das verbas<br />
públicas <strong>para</strong> as escolas públicas. Além disso, o evento definiu claramente algumas<br />
condições <strong>para</strong> a existência de instituições privadas. “É permitida a existência de escolas<br />
particulares, desde que não recebam verbas públicas, estejam organizadas segun<strong>do</strong> os<br />
padrões unitários de qualidade, não tenham fins lucrativos e sejam subordinadas às<br />
normas mínimas ordena<strong>do</strong>ras da estrutura educacional nacional”.<br />
O Congresso também, referen<strong>do</strong>u a política de transição como eixo de luta pelo ensino<br />
público e gratuito e inclusão da política de transição como ponto de partida <strong>para</strong> o<br />
congresso seguinte, <strong>para</strong> ser aprofundada, ten<strong>do</strong> como referência a <strong>Proposta</strong> das<br />
Associações de Docentes e da ANDES <strong>para</strong> a <strong>Universidade</strong> <strong>Brasileira</strong>. Finalmente,<br />
aprovou a atualização da proposta da ANDES sobre a transição que significa avançar na<br />
definição de escola pública e na se<strong>para</strong>ção entre mantene<strong>do</strong>ra e universidade. Isto<br />
mostra que, respeita<strong>do</strong>s os princípios estabeleci<strong>do</strong>s, esta é uma questão que merece<br />
aprofundamento da discussão por parte <strong>do</strong> Movimento Docente.<br />
5 <strong>Universidade</strong>, Ciência e Tecnologia<br />
A ciência e a tecnologia - C&T tornaram-se fundamentais <strong>para</strong> o controle da<br />
produção. Dentro <strong>do</strong> sistema capitalista mundial, os avanços e o aumento de<br />
produtividade que elas propiciam têm como fim principal servir à acumulação capitalista.<br />
Um <strong>do</strong>s aspectos fundamentais desse processo é o aumento crescente <strong>do</strong> desemprego,<br />
fato este que temos observa<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os países. Eventuais benefícios aos<br />
trabalha<strong>do</strong>res, ou à sociedade como um to<strong>do</strong>, estão subordina<strong>do</strong>s ao já cita<strong>do</strong> processo<br />
de acumulação. Além de excluir de seus benefícios a maioria da população <strong>do</strong> planeta,<br />
crian<strong>do</strong> ilhas de prosperidades e consumo, cercadas de miséria por to<strong>do</strong>s os la<strong>do</strong>s,<br />
promove a exaustão acelerada <strong>do</strong>s recursos naturais, a destruição <strong>do</strong>s ecossistemas e a<br />
deterioração progressiva da qualidade de vida.