Proposta do Andes para a Universidade Brasileira - ADUR-RJ
Proposta do Andes para a Universidade Brasileira - ADUR-RJ
Proposta do Andes para a Universidade Brasileira - ADUR-RJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
7.1.4 Os mecanismos de avaliação <strong>do</strong> desempenho universitário deverão ser<br />
plenamente democratiza<strong>do</strong>s, como condição <strong>para</strong> evitar que a autonomia seja<br />
subordinada à lógica <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> ou ao clientelismo político.<br />
7.1.5 O enfrentamento com interesses organiza<strong>do</strong>s, seja <strong>do</strong> clientelismo, seja da<br />
privatização, deverá estar respalda<strong>do</strong> na existência de instrumentos de controle nacional<br />
desvincula<strong>do</strong>s <strong>do</strong> executivo.<br />
O princípio da descentralização administrativa na organização da universidade,<br />
com respeito à autonomia <strong>do</strong>s centros, unidades e departamentos, foi claramente defini<strong>do</strong><br />
no Cadernos ANDES nº 2 (1986). Além disso, explicitou-se que a estrutura da<br />
administração deve ser composta de órgãos colegia<strong>do</strong>s e executivos, sen<strong>do</strong> o poder de<br />
deliberação destes subordina<strong>do</strong>s ao <strong>do</strong>s colegia<strong>do</strong>s competentes. Também destacou-se<br />
que “to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes serão elegíveis <strong>para</strong> funções administrativas e <strong>para</strong> colegia<strong>do</strong>s,<br />
independentemente de sua referência na carreira”.<br />
7.2 Participação Democrática da<br />
Comunidade Acadêmica<br />
Em todas as formulações sobre a participação em órgão colegia<strong>do</strong>, fala-se em<br />
representação <strong>do</strong>s três segmentos da comunidade, com eleição pelas respectivas<br />
categorias. No Caderno ANDES nº 2 (1986), chegou-se a explicitar que a representação<br />
deveria ser “preferencialmente paritária”. Entretanto, posteriormente, o Movimento<br />
Docente preferiu a formulação que, na linha da autonomia, remetia esta definição <strong>para</strong> os<br />
estatutos e regimentos das IES.<br />
Os efeitos nefastos da implementação da Lei n° 9192/95 e <strong>do</strong> art. 56 da LDB-<br />
9394/96, no que se refere às determinações <strong>para</strong> a composição <strong>do</strong>s colegia<strong>do</strong>s<br />
deliberativos que passaram a ter 70% de <strong>do</strong>centes (forma<strong>do</strong>s majoritariamente por<br />
dirigentes e não por representantes da categoria), fizeram com que fosse retomada a<br />
discussão sobre a questão, buscan<strong>do</strong> a construção de consenso junto às demais<br />
entidades que compõem o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, relativo à<br />
defesa da participação paritária de <strong>do</strong>centes, discentes e de técnicos-administrativos nos<br />
colegia<strong>do</strong>s deliberativos das IES.<br />
O ANDES-SN compreende que as instituições de ensino superior públicas e<br />
privadas devem obedecer ao princípio da gestão democrática, asseguran<strong>do</strong> a<br />
participação da comunidade universitária em todas as instâncias deliberativas. Para tanto,<br />
faz-se necessária a criação de condições, tais como:<br />
7.2.1 estrutura da administração composta de órgãos colegia<strong>do</strong>s e executivos,<br />
sen<strong>do</strong> o poder de deliberação destes subordina<strong>do</strong> ao <strong>do</strong>s colegia<strong>do</strong>s competentes;<br />
7.2.2 existência de estatutos e regimentos elabora<strong>do</strong>s e aprova<strong>do</strong>s em processos<br />
democráticos defini<strong>do</strong>s no âmbito de cada instituição onde deverá esgotar-se. Assim,<br />
devem ser realiza<strong>do</strong>s congressos estatuintes com a participação paritária de <strong>do</strong>centes,<br />
discentes e de técnicos-administrativos, que deliberarão por votação direta, com a<br />
finalidade de reformular estatutos e regimentos, de maneira a livrá-los <strong>do</strong>s resquícios<br />
autoritários e estabelecer mecanismos democráticos de funcionamento <strong>para</strong> as IES. No<br />
processo de elaboração, dever-se-á garantir o direito de apresentação de propostas<br />
advindas da comunidade acadêmica, na forma estabelecida em cada instituição;<br />
7.2.3 existência também, nas instituições de ensino superior, de colegia<strong>do</strong>s<br />
superiores deliberativos de coordenação das atividades de ensino, pesquisa e extensão,<br />
na forma <strong>do</strong>s respectivos estatutos e regimentos;