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1 apostila de mídia e estudo dos meios - Área Administrativa Docente

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merchandising for feito da forma correta, é ilegal e o anunciante estará sujeito a<br />

penalida<strong>de</strong>s!<br />

Para o mercado publicitário o merchandising também tem dois gran<strong>de</strong>s<br />

problemas:<br />

1º- Um comercial tradicional, ao contrário do merchandising, é parte <strong>de</strong> uma<br />

campanha – que por sua vez é baseada em objetivos, estratégias, linha temática –<br />

e é pensado, criado, produzido, a partir do plano <strong>de</strong> marketing do anunciante, que,<br />

quando bem-feito e criativo, faz o público gostar <strong>de</strong>le e do produto.<br />

2º- Por não ter quase nada disso, o merchandising dificilmente é eficaz para<br />

construir, fortalecer e criar conceitos e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> para a marca. E é péssimo para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento e valorização do mercado publicitário – ninguém premia e nem<br />

elogia merchandising bem-feito, mesmo porque merchandising bem-feito não é<br />

percebido.<br />

4.2 - O merchandising no cinema<br />

Vários produtos fizeram, durante anos, merchandising no cinema e, por ter sido<br />

bem-feito, o público nunca chegou a perceber que se tratava <strong>de</strong> cenas inseridas<br />

no roteiro mediante verbas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />

As pessoas notam que se trata <strong>de</strong> cenas pagas pelas marcas, quando as<br />

situações forçadas ficam evi<strong>de</strong>ntes. Ou quando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos<br />

inseri<strong>dos</strong> no roteiro <strong>de</strong>ixa claro que não se trata <strong>de</strong> meras coincidências.<br />

Embora o preço <strong>de</strong> uma participação <strong>de</strong> merchandising (que po<strong>de</strong> conter mais <strong>de</strong><br />

uma cena) é muito baixo em relação ao custo total do filme, e menos ainda, em<br />

relação ao seu lucro estimado, a soma <strong>de</strong> vários anunciantes po<strong>de</strong> representar<br />

uma boa parcela do orçamento total do filme.<br />

Várias gran<strong>de</strong>s produções <strong>de</strong> Hollywood foram produzidas graças às polpudas<br />

verbas <strong>de</strong> merchandising, como nos casos <strong>de</strong> Minority Report, que teve 31% do<br />

seu custo total bancado por merchandisings, e 007 – Um Novo Dia para Morrer<br />

que teve 42 % (veja <strong>de</strong>talhes a seguir).<br />

Se houvesse um Oscar para o maior merchandising do cinema, sem dúvida ele<br />

seria do O Náufrago, com o rei do merchandising, Tom Hanks. O filme é<br />

simplesmente um merchandising <strong>de</strong> 143 minutos da FedEx, com um pouco menos<br />

<strong>de</strong> tempo da Wilson (artigos esportivos). Mas muito bem-feito.<br />

Minority Report (A Nova Lei), dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom<br />

Cruise, em 2002, teve 15 diferentes empresas que pagaram um total <strong>de</strong> US$ 25<br />

milhões pelas cenas <strong>de</strong> merchandising <strong>de</strong> seus produtos, o que dá uma média <strong>de</strong><br />

US$ 1,7 milhão por empresa. Como o filme custou US$ 80 milhões, cada<br />

merchandising representou 2,13% do orçamento do filme.<br />

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