1 apostila de mÃdia e estudo dos meios - Ãrea Administrativa Docente
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Eis então que entra a primeira gran<strong>de</strong> evolução do ISDTV em cima do padrão<br />
japonês. Isso porque o ISDB-T (usado no DVD), capaz <strong>de</strong> reduzir o ví<strong>de</strong>o original<br />
em cerca <strong>de</strong> 40 vezes, mas com um pouco <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da imagem –<br />
imperceptível para muitos. Já o ISDTV utiliza o formato <strong>de</strong> compressão MPEG-4<br />
(igual ao DivX), capaz <strong>de</strong> comprimir muito mais e praticamente sem perda <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> visível. Isso porque o MPEG-4 analisa to<strong>dos</strong> os frames <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o,<br />
i<strong>de</strong>ntifica os objetos comuns entre um frame e outro e envia para o próximo<br />
quadro apenas os objetos que não são redundantes no quadro anterior.<br />
Assim, em uma cena em que a câmera está parada, como na filmagem <strong>de</strong> um<br />
telejornal, por exemplo, apenas o apresentador é atualizado. O fundo e o restante<br />
da imagem são repeti<strong>dos</strong> do quadro anterior, atualizando, assim, uma área muito<br />
menor entre um quadro e outro. Obviamente, em uma cena com muita<br />
movimentação, a compressão será menor, pois haverá poucos objetos<br />
redundantes no ví<strong>de</strong>o.<br />
Em média, a compressão <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o que utiliza o padrão MPEG-4 chega a ser<br />
30% maior que a MPEG-2, com uma qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imagem final ainda maior (veja<br />
no quadro abaixo a relação <strong>de</strong> Mbits/segundo exigida em cada resolução<br />
utilizando os formatos MPEG-2 e MPEG-4).<br />
COMPRESSÃO DE VÍDEO<br />
Definição MPEG-2 MPEG-4/H264<br />
HDTV 17~20 Mbps 7~8 Mbps<br />
EDTV 10~17 Mbps 5~6 Mbps<br />
SDTV 4~10 Mbps 1~2 Mbps<br />
LDTV 0,38~2 Mbps 50~100 Mbps<br />
Além <strong>de</strong> oferecer maior qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imagem, o MPEG-4 traz outra vantagem<br />
muito maior. Sabe-se que a banda <strong>de</strong> transmissão das emissoras é <strong>de</strong> 20 Mbps (6<br />
MHz <strong>de</strong> freqüência) e que o padrão ISDB-T utiliza o formato <strong>de</strong> compressão<br />
MPEG-2, permitindo até três configurações. Entretanto, somente com a exibição<br />
<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os em alta <strong>de</strong>finição em MPEG-2, toda a banda disponível é consumida, já<br />
que são necessários <strong>de</strong> 17Mbps a 20Mbps para esse tipo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o. Já com o<br />
formato MPEG-4, os ví<strong>de</strong>os em HDTV consomem apenas <strong>de</strong> 7Mbps a 8Mbps da<br />
banda total. Com isso, a emissora po<strong>de</strong>rá transmitir, no mesmo canal, ví<strong>de</strong>os em<br />
HDTV, SDTV e LDTV simultaneamente, o que possibilita assistir ao mesmo<br />
programa em televisores HDTV, SDTV ou em dispositivos móveis e portáteis<br />
(LDTV), como celulares equipa<strong>dos</strong> com um receptor ISDTV.<br />
Esta evolução do padrão ISDTV tornou o sistema brasileiro um <strong>dos</strong> mais<br />
mo<strong>de</strong>rnos do mundo e fez até mesmo os japoneses pensarem em atualizar o seu<br />
padrão para utilizar o formato MPEG-4.<br />
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