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haccp - Inocuidade de Alimentos

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Suspeita-se que seja necessário ingerir um número muito gran<strong>de</strong> do organismo para causar a doença<br />

(mais que um milhão). Os sintomas predominantes associados à gastroenterite causada por V. cholerae<br />

não-O1 são diarréia, dor abdominal, cólicas e febre; vômito e náusea ocorrem em cerca <strong>de</strong> 25% dos<br />

indivíduos infectados, e aproximadamente 25% dos pacientes acometidos po<strong>de</strong>m apresentar sangue e<br />

muco nas fezes. A diarréia po<strong>de</strong>, em alguns casos, ser muito grave, com duração <strong>de</strong> seis a sete dias, e<br />

com início geralmente 48 horas após a ingestão do organismo. Po<strong>de</strong> ocorrer septicemia, associada à<br />

cirrose hepática ou imunossupressão, mas é bastante rara.<br />

O pescado capturado nas águas costeiras dos EUA freqüentemente contém V. cholerae sorogrupo não-<br />

O1. O consumo <strong>de</strong> pescado cru ou mal cozido, ou <strong>de</strong> mariscos contaminados, po<strong>de</strong> causar infecção.<br />

Todos os indivíduos que consomem pescado cru são mais susceptíveis à diarréia causada por este<br />

microrganismo. Os casos esporádicos po<strong>de</strong>m acontecer durante todo o ano, com maior freqüência<br />

durante os meses mais quentes.<br />

Neste grupo está V.cholerae O129, que já se manifestou na Índia e Bangla<strong>de</strong>sh. Este Vibrio causa<br />

doença severa no homem, pois, além <strong>de</strong> produzir toxina colérica, tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocasionar infecção<br />

sistêmica, causando um número significativo <strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>s entre os afetados. Até o momento, não se<br />

sabe sobre sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disseminação no meio ambiente (epi<strong>de</strong>mias/pan<strong>de</strong>mias).<br />

Vibrio parahaemolyticus<br />

Vibrio parahaemolyticus ocorre naturalmente em estuários e outras áreas costeiras. Na maioria <strong>de</strong>stes<br />

locais, V. parahaemolyticus está presente em números elevados durante os meses quentes. A bactéria<br />

necessita <strong>de</strong> sal (íons <strong>de</strong> Na) para sobreviver e <strong>de</strong>senvolver-se.<br />

Uma dose total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> organismos po<strong>de</strong> causar a doença e esta po<strong>de</strong> ser reduzida<br />

significativamente através do uso <strong>de</strong> antiácidos (ou alimentos com capacida<strong>de</strong> tampão).<br />

Gastroenterites associadas a V. parahaemolyticus causam lesões, diarréia, cólica abdominal, náusea,<br />

vômito, dor <strong>de</strong> cabeça, febre e calafrios. A doença é leve ou mo<strong>de</strong>rada, embora alguns casos exijam<br />

internação. A duração média da doença é <strong>de</strong> dois dias e meio. O período <strong>de</strong> incubação é <strong>de</strong> 4 a 96 horas,<br />

após a ingestão do organismo, com uma média <strong>de</strong> 15 horas.<br />

Esta gastroenterite está associada ao consumo <strong>de</strong> pescado e mariscos crus, mal cozidos ou cozidos e<br />

recontaminados. A refrigeração ina<strong>de</strong>quada do pescado contaminado permitirá sua proliferação,<br />

aumentando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infecção. A doença está associada à ingestão <strong>de</strong> siri, ostra, lagosta,<br />

camarão ou peixe cru contaminados. Ocorre com freqüência no Japão, <strong>de</strong>vido ao hábito do consumo<br />

<strong>de</strong> peixe cru, preparado como sashimi ou sushi, por exemplo.

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