Volume 2 - Fundação Amazonas Sustentável
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153<br />
PTERIDÓFITAS<br />
As pteridófitas são<br />
predominantemente plantas<br />
herbáceas, mas variam desde<br />
pequenas ervas epifíticas ou<br />
aquáticas até formas<br />
arborescentes, que atingem<br />
quatro metros ou mais de<br />
altura. São plantas vasculares,<br />
como as angiospermas e<br />
gimnospermas, mas se<br />
reproduzem por esporos. Como<br />
as briófitas, têm duas fases<br />
distintas no ciclo de vida, ambas<br />
Figura 2. Uma pteridófita – Lycopodium cernuum formando plantas que, pelo<br />
menos em parte de seus ciclos,<br />
são de vida livre. Em contraste com as briófitas, nas pteridófitas o esporófito<br />
diplóide é dominante, semelhante às angiospermas e gimnospermas, e o<br />
gametófito é efêmero.<br />
As pteridófitas atuais geralmente são divididas em quatro grupos principais,<br />
tradicionalmente tratados como classes - Psilotatae, Lycopodiatae, Equistatae<br />
e Filicatae. Destes, somente as Filicatae ou samambaias são bem conhecidas<br />
por não especialistas. Também aqui, classificações mais recentes tendem a<br />
elevar tais grupos para o nível de filo (Psilophyta, Lycopodophyta, Sphenophyta<br />
e Filicinophyta), mas não há consenso sobre este nível e os nomes que devem<br />
ser utilizados. Estudos recentes com seqüências de genes sugerem, por exemplo,<br />
que Psilotatae, freqüentemente citados como possíveis sobreviventes de um<br />
grupo extremamente primitivo de Pteridófitas que se originou no Devoniano,<br />
provavelmente são parentes relativamente próximos de um grupo de<br />
samambaias (Filicatae). Sua morfologia, aparentemente primitiva,<br />
provavelmente é resultado de redução de um grupo morfologicamente mais<br />
complexo. É possível, também, que Equistatae representem um caso<br />
semelhante.<br />
Em termos econômicos, o grupo geralmente não é de grande importância<br />
(mas, veja item 3.6), porém formam uma parte importante da vegetação em<br />
muitas regiões e são importantes para estudos de morfologia e filogenia, pois<br />
representam um nível de organização e tipo de ciclo de vida que foi ancestral<br />
aos outros grupos de plantas terrestres. É impossível entender a evolução das<br />
gimnospermas e angiospermas sem detalhes do ciclo de vida das pteridófitas.<br />
Diversidade no Brasil e no mundo<br />
Não existem listagens completas das pteridófitas do Brasil. A obra mais<br />
geral é o livro de Tryon e Tryon (1982), mas este não permite identificação até<br />
o nível de espécies. Os dados usados aqui foram fornecidos por J. Prado (Instituto<br />
de Botânica de São Paulo).<br />
Geral<br />
Uma estimativa do número total presumido de espécies (incluindo espécies<br />
ainda não descritas) no Brasil e no mundo é apresentada na Tabela 2. Não há<br />
um catálogo sistemático para o Brasil, mas Hassler & Swale (2001) indicam a<br />
existência de 1.309 espécies descritas (que podem conter sinonímias) para o<br />
país.