Volume 2 - Fundação Amazonas Sustentável
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Disponibilizar a informação existente sobre o conhecimento da<br />
biodiversidade de vertebrados do Brasil, difundindo sua importância, em todos<br />
os níveis e a todas as classes de cidadãos brasileiros, também é tarefa muito<br />
importante, além da responsabilidade social dos especialistas. Este objetivo,<br />
muitas vezes considerado secundário pela comunidade acadêmica, pode ser<br />
alcançado pela elaboração de publicações apropriadas, como artigos de<br />
divulgação, guias de fauna e catálogos com informações ecológicas e<br />
taxonômicas dos vertebrados de diferentes grupos, fundamentados no<br />
conhecimento científico e com a necessária profundidade e rigor conceitual.<br />
Este esforço educativo deve ser feito por meio do ensino formal e através da<br />
mídia impressa e eletrônica, em veículos de grande circulação. As áreas de<br />
exposição de museus deveriam contribuir neste processo de disseminação do<br />
conhecimento zoológico.<br />
Esperamos que as recomendações deste estudo possam ser<br />
implementadas e que venham a contribuir para que a comunidade científica<br />
amplie seu conhecimento sobre a extraordinária diversidade dos vertebrados<br />
brasileiros. Esperamos também que, com a ampliação do conhecimento,<br />
encontremos novas formas de utilização responsável e sustentável da<br />
biodiversidade de vertebrados. Finalmente, desejamos que cada vez mais os<br />
cientistas compartilhem seu saber com a sociedade brasileira, promovendo a<br />
divulgação da importância, grandiosidade e beleza dos vertebrados nos mais<br />
diversos segmentos da sociedade e mobilizando-a na defesa e conservação<br />
deste magnífico patrimônio natural.<br />
Recomendações finais para ampliar o conhecimento e<br />
preservar a diversidade de Vertebrados no Brasil<br />
Entre todos os aspectos expostos e avaliados no presente estudo, é possível<br />
destacar as seguintes recomendações:<br />
• Incrementar os acervos através do estímulo de inventários gerais e<br />
coletas direcionadas, que enfatizem regiões, biomas e grupos malconhecidos,<br />
destacados como prioritários nos “workshops” de avaliação<br />
dos diferentes biomas brasileiros (para conhecimento detalhado destas<br />
áreas, incluindo mapas, veja MMA, 2002);<br />
• Estimular a produção e publicação de listas de espécies, revisões<br />
taxonômicas, chaves e guias, com ênfase para grupos mal<br />
documentados;<br />
• Estimular a publicação de recursos, como chaves, manuais e guias,<br />
que permitam a identificação de espécies por especialistas e nãoespecialistas;<br />
• Aumentar o quadro de especialistas através de formação de novos<br />
profissionais e promover políticas de aproveitamento dos já formados<br />
e não absorvidos, inclusive com a efetivação de curadores de coleções<br />
(carência esta apontada por diversos informadores do projeto);<br />
• Minorar as desigualdades regionais na distribuição de recursos humanos<br />
e materiais para estudos de diversidade de vertebrados, fortalecendo<br />
instituições e estimulando a fixação de pesquisadores nas regiões menos<br />
atendidas, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Este apoio, contudo,<br />
deve ser baseado não apenas nas necessidades materiais e na falta de<br />
conhecimento de biomas mal amostrados, mas deve também ser<br />
balizado pelo mérito e produtividade pregressa do cientista, do grupo<br />
de pesquisa e instituição requisitantes dos recursos;