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Volume 2 - Fundação Amazonas Sustentável

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168<br />

MANUAIS DE IDENTIFICAÇÃO<br />

A única flora completa é a Flora Brasiliensis de Martius, concluída no início<br />

do século passado (1840-1906). Embora seja ainda uma obra de referência<br />

obrigatória, esta flora está completamente desatualizada, pois não inclui uma<br />

grande quantidade de espécies descritas posteriormente, e tem nomenclatura<br />

muito defasada para a maioria das famílias. Uma nova flora para o país seria<br />

altamente desejável, mas é pouco provável que possa ser realizada num futuro<br />

próximo, mesmo contando com o apoio de instituições estrangeiras. Em reuniões<br />

mais recentes sobre o Plano Nacional de Botânica foi adotada uma estratégia<br />

de estimular a produção de floras no nível estadual, com a intenção de acumular<br />

uma massa crítica de trabalhos nesta escala que finalmente permitiriam a<br />

preparação de uma nova “Flora Brasiliensis”. Floras estaduais estão em<br />

andamento ou em planejamento em diversos estados (Tabela 8).<br />

Tabela 8. Projetos de Flora em andamento ou planejados (por estado). Referências<br />

específicas constam no texto.<br />

A estratégia de produzir floras por estado parece ser a mais indicada no<br />

momento. Uma tentativa de produzir uma nova “Flora Brasiliensis” nas atuais<br />

condições seria quase impossível dentro de um prazo razoável (10-20 anos),<br />

mesmo com forte ajuda de pesquisadores no exterior. Com a preparação de<br />

floras por estados, é possível reduzir a tarefa a uma série de tarefas menores<br />

que são factíveis em prazos aceitáveis. Um perigo desta abordagem é uma<br />

duplicação de esforços, pois será necessário repetir descrições e chaves para<br />

os mesmos táxons para diversos estados; por outro lado, a experiência e<br />

informações acumuladas em um projeto tendem a tornar o trabalho do próximo<br />

projeto mais rápido e seguro.<br />

Um problema mais grave é o número de taxonomistas disponíveis e o<br />

tempo que eles dispõem para preparar tratamentos para os diversos projetos<br />

de floras estaduais. Se todos os projetos planejados no momento de fato<br />

começassem em prazo relativamente curto, enfrentaríamos a perspectiva de<br />

ter a maioria dos taxonomistas do país ocupados quase exclusivamente em<br />

produzir tratamentos para floras estaduais durante os próximos 10 a 15 anos.

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