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Volume 2 - Fundação Amazonas Sustentável

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80<br />

Marcos Di-Bernardo e Márcio Borges-Martins informaram que o grau de coleta<br />

é ruim, mas o conhecimento é regular. Isto porque, em geral, há uma tendência<br />

em se focar mais nos animais de mata e negligenciar os campos (Marcos Di-<br />

Bernardo e o Márcio Borges-Martins, comunicação pessoal). Somadas as<br />

ocorrências em Campos Sulinos, Mata Atlântica e Mata de Araucária, os mesmos<br />

pesquisadores indicam o registro 110 espécies de répteis, com 2 endemismos<br />

e 17 espécies ameaçadas, para todo o Rio Grande do Sul (mas reforçam que<br />

não há dados isolados para Campos Sulinos).<br />

O bioma do Cerrado abriga 180 espécies de répteis, com 20 delas<br />

endêmicas, enquanto o Pantanal tem 113 espécies registradas para o grupo,<br />

sendo cinco endêmicas (MMA, 2002). Muitas espécies de répteis foram descritas<br />

recentemente e é muito provável que ainda existam muitas por serem<br />

descobertas (MMA, 2002; Rodrigues, 2005).<br />

Para a região da Caatinga, são conhecidas 45 espécies de lagartos e<br />

anfisbenídeos, 45 de serpentes, quatro de quelônios e três de Crocodylia. Como<br />

as amostragens são de cobertura geográfica restrita, seria precoce precisar o<br />

número de endemismos, embora, junto dos anfíbios, tenha-se a estimativa de<br />

cerca 15% (MMA, 2002; Rodrigues, 2005).<br />

Tabela 11. Riqueza, endemismo, número de espécies ameaçadas, grau de coleta e<br />

conhecimento de répteis nos biomas brasileiros.<br />

* Alguns informadores julgam melhor a classe “regular”, para os biomas assinalados como grau<br />

“ruim”.<br />

(1) Dixon, 1979 apud Vogt et al., 1999: avaliação para toda a Amazônia.<br />

(2) A espécie citada é o jacaré-do-papo-amarelo, Caiman latirostris, que foi recentemente excluída da<br />

lista oficial de ameaçadas.<br />

(3) Dados referentes aos répteis de todo o Rio Grande do Sul, sem considerar os Campos Sulinos<br />

isoladamente, visto que os dados não são disponíveis.<br />

Coleções e recursos humanos<br />

As principais coleções de répteis encontram-se no Museu de Zoologia da<br />

USP (MZUSP), Museu Nacional (MNRJ), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG),<br />

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Butantan, Coleção<br />

Herpetológica da Universidade de Brasília, Museu de História Natural da UNICAMP<br />

(ZUEC), UNESP (Rio Claro), Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia<br />

Universidade Católica do Rio Grande do Sul (MCP), Universidade Federal do Rio<br />

Grande do Sul e PUC-MG, entre outras. Embora as maiores coleções estejam<br />

no sudeste do país, há uma distribuição mais eqüitativa pelas regiões do Brasil,<br />

se comparada à dos outros grupos de vertebrados (Figura 7).<br />

Também em comparação com os outros grupos de vertebrados (e.g.,<br />

peixes ósseos) há um número razoável de especialistas (Tabela 20), ainda que

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