Volume 2 - Fundação Amazonas Sustentável
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Qualquer estudo de biodiversidade ou sistemática em grande parte depende<br />
da qualidade e representatividade das coleções em herbários. Se as coleções<br />
são incompletas, não representam adequadamente a área de interesse ou se<br />
são mal-identificadas, levantamentos de biodiversidade serão, inevitavelmente,<br />
incompletos ou podem conter graves erros e vícios. O conhecimento da<br />
biodiversidade de um país é, em grande parte, um reflexo da qualidade e estado<br />
de conservação das suas coleções biológicas. A qualidade das informações<br />
contidas nas coleções também afeta diretamente a avaliação de distribuição<br />
ecológica, geográfica e fenológica, e também precisa ser considerada um<br />
componente vital deste recurso. Para um país de megadiversidade como Brasil,<br />
os herbários e outras coleções sistemáticas são um componente vital no esforço<br />
de descrever, gerenciar e utilizar sua riqueza biológica. A representatividade e<br />
“saúde”, em termos de conservação, infra-estrutura e recursos humanos, das<br />
coleções do país, portanto, devem receber alta prioridade.<br />
A situação das coleções botânicas nos herbários brasileiros foi resumida<br />
num relatório de Peixoto e Barbosa (1998), baseado nos dados da Comissão<br />
de Herbários da Sociedade Botânica do Brasil, disponível na website http://<br />
www.bdt.org.br/oea/sib/ariane. A maioria dos dados utilizados aqui foi extraída<br />
deste relatório, com algumas modificações e acréscimos, principalmente de<br />
informações do projeto “Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo”. Dados<br />
suplementares também estão disponíveis no relatório “Biodiversidade:<br />
Perspectivas e Oportunidades Tecnológicas”, capítulo 2, na seção sobre coleções<br />
botânicos por Siqueira e Joly (http://www.bdt.org.br/paper/padctbio/cap2/).<br />
As informações deste último relatório são menos completas e menos<br />
atualizadas.<br />
A maioria das informações utilizadas aqui se refere a fanerógamas<br />
(angiospermas e gimnospermas), pois os dados disponíveis não separam os<br />
grupos de criptógamas, e não é possível, no momento, determinar que proporção<br />
das coleções pertence a grupos não tratados aqui (algas, fungos e liquens).<br />
Peixoto e Barbosa (1998) listam um total de 116 herbários para o Brasil,<br />
nem todos com dados atualizados ou completos, dos quais consideram 113<br />
como ativos. Estes herbários contêm aproximadamente 4.200.000 espécimes,<br />
dos quais quase 3.500.000 são de fanerógamas. A distribuição destes herbários,<br />
por estado, é relacionada na Tabela 9.<br />
Tabela 9. Herbários do Brasil por estado, com número de espécimes de fanerógamas. Os<br />
herbários são indicados por suas siglas oficiais.