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Volume 2 - Fundação Amazonas Sustentável

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74<br />

Com relação às coleções de peixes ósseos marinhos, merecem destaque<br />

os acervos do MZUSP, que tem a maior cobertura geográfica (principalmente<br />

sul e sudeste do país), e do MNRJ, com material-tipo de relevância. Os acervos<br />

do Museu de História Natural da Unicamp (ZUEC) e da USP-Ribeirão Preto (LIRP)<br />

possuem cobertura geográfica mais restrita, mas são coleções de referência<br />

para diversos grupos (e.g., peixes recifais, no ZUEC) e/ou áreas (e.g., litoral de<br />

São Sebastião, Estado de São Paulo, no LIRP). Ainda merece destaque o acervo<br />

da UFPB, que cobre parte da costa nordeste do Brasil, principalmente dos estados<br />

da Paraíba e Pernambuco.<br />

É notória a falta de uma coleção de peixes de água doce representativa na<br />

região Centro-Oeste do país (Figura 3), que tenha porte compatível com as<br />

ictiofaunas ali encontradas, como as do Pantanal e suas cabeceiras, e de<br />

nascentes de vários rios Amazônicos. Há um pequeno número de coleções na<br />

região Nordeste (Figura 3), também com importantes bacias hidrográficas e<br />

com o maior trecho de costa do país.<br />

Há sistematas de excelente nível no Brasil, embora muito concentrados<br />

no sudeste (Figura 4). Vários deles estão se aposentando e o número de<br />

especialistas no grupo é pequeno em relação aos problemas de classificação e<br />

à riqueza dos peixes ósseos de água doce brasileiros. Combinados, estes fatores<br />

indicam a necessidade de formação de muitos (no mínimo 30, segundo Jansen<br />

Zuanon, questionário do projeto) novos sistematas para os diferentes grupos<br />

de peixes ósseos de água doce. Um taxonomista, tendo base em biologia geral<br />

e sistemática, pode ser formado no Brasil, entre dois e quatro anos (Jansen<br />

Zuanon e Roberto Reis, questionário do projeto). Mesmo após quatro anos de<br />

estudo, em geral os profissionais conhecem bem apenas os grupos com os<br />

quais trabalharam em suas dissertações ou teses. Para peixes marinhos, os<br />

informadores consideram que há sistematas em número suficiente no país (Ivan<br />

Sazima e Rodrigo Leão de Moura, questionário do projeto).<br />

A despeito destas dificuldades, e de lidar com o mais diversificado grupo<br />

de vertebrados, os sistematas brasileiros são extremamente ativos, tanto em<br />

produção de conhecimento, como em sua disponibilização. São eles os<br />

responsáveis por uma das mais importantes iniciativas interinstitucionais para a<br />

catalogação de nossa biodiversidade, o projeto “Conhecimento, Conservação<br />

e Utilização Racional da Diversidade da Fauna de Peixes do Brasil”, financiado<br />

pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Educação (http://<br />

www.mnrj.ufrj.br/pronex/). Pioneiro na disponibilização da informação pela<br />

internet, este projeto mantém, disponível na rede mundial de computadores, o<br />

catálogo de espécies brasileiras (http:/www.mnrj.ufrj.br/catalogo/), e o Sistema<br />

Brasileiro de Informações sobre Biodiversidade de Peixes, que integra as bases<br />

de dados das principais coleções ictiológicas do Brasil (http://www.mnrj.ufrj.br/<br />

search1p.htm), e destas com outras importantes bases no mundo (projeto<br />

NEODAT, http://www.neodat.org).<br />

N<br />

S<br />

NE<br />

SE<br />

Figura 3. Frações de coleções de Osteichthyes por regiões do Brasil (ver também Tabela<br />

21).

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