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Campus de Presidente Prudente - Gestão Ambiental e Dinâmica ...

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imediações da se<strong>de</strong> da COOPERLIX. Esses dados retratam muito bem a precarização em<br />

que esses cooperados se encontram, pois um dia no passado tinham uma vida <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

do trabalho formal e assegurados em seus benefícios a tal ponto <strong>de</strong> conseguirem ter acesso<br />

à moradia (casa própria).<br />

Os dados da pesquisa realizada em 2006 não mostrou dados significativos<br />

quanto a residirem em casa própria ou não.<br />

Todos os cooperados tiveram experiência em empresa mercantil, com carteira<br />

assinada, portanto experiência com o mo<strong>de</strong>lo capitalista empregado-patrão, <strong>de</strong> mandosubmissão,<br />

com controle <strong>de</strong> horários, etc.<br />

Este foi um dos fatores que foram tratados em treinamentos na COOPERLIX,<br />

pois esse mo<strong>de</strong>lo patrão-empregado, ainda estava muito enraizado na memória dos<br />

cooperados e o entendimento <strong>de</strong> que agora são donos <strong>de</strong> seus próprios <strong>de</strong>stinos, lhes foi <strong>de</strong><br />

difícil assimilação.<br />

Notamos, pelos dados do gráfico, que a condição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sses<br />

cooperados, outrora, foi melhor, pois possibilitou a eles a aquisição <strong>de</strong> moradia através do<br />

trabalho assalariado.<br />

A cooperada Débora, ao ser indagada apontou: “Com o trabalho que tive até<br />

hoje, eu e meu marido conseguimos comprar uma casa e ir aumentando os cômodos aos<br />

poucos, pois sobrava alguma coisa. Tudo isso acabou <strong>de</strong> repente, pois ele foi <strong>de</strong>mitido e eu<br />

somente não dava conta <strong>de</strong> suprir a casa. (...) mas, não precisamos ven<strong>de</strong>r ela pra<br />

sobreviver” (entrevista realizada em julho <strong>de</strong> 2006).<br />

Um outro cooperado Pedro, diz: “quando estava no lixão pensei que fosse<br />

per<strong>de</strong>r a casa que conseguimos, com muito custo comprar, mas graças a Deus, hoje na<br />

Cooperativa estou tirando quase igual quando eu trabalhava como empregado na cida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> eu vivia” (entrevista realizada em julho <strong>de</strong> 2006).<br />

A pesquisa mostrou que, apesar <strong>de</strong> sofrerem com o <strong>de</strong>semprego, até se<br />

constituírem cooperados, mesmo assim, não precisaram dispor <strong>de</strong> bens móveis e imóveis<br />

para po<strong>de</strong>rem sobreviver. A pesquisa mostrou que, <strong>de</strong> alguma forma, arrumaram meio <strong>de</strong><br />

sobrevivência através do trabalho informal até chegarem à condição <strong>de</strong> cooperados.<br />

Notamos, também, o espírito <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, pois muitos resi<strong>de</strong>m em casas<br />

cedidas por outros, que não estão tão diferentes em sua condição sócio-econômica. Alguns

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