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Campus de Presidente Prudente - Gestão Ambiental e Dinâmica ...

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As cooperativas ganharam maior relevância, merecendo novas análises e<br />

políticas <strong>de</strong> intervenção. Surgiram como alternativas para o <strong>de</strong>semprego, produzidas e<br />

geridas pelos próprios trabalhadores, inclusive para os catadores <strong>de</strong> resíduos sólidos.<br />

Ocorre que a flexibilização das relações capital/trabalho, imposta pela saturação das<br />

formas tradicionais <strong>de</strong> emprego, e a diminuição dos postos <strong>de</strong> trabalho no mercado formal,<br />

tem motivado a procura <strong>de</strong> novas fontes <strong>de</strong> ocupação e serviços (ARANA, 2002). Tal<br />

relevância se faz notar com o crescente <strong>de</strong>semprego, com as transformações no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho e na própria organização econômica no Brasil e no mundo.<br />

Em suas variadas formas, Cooperativas e Associações visam proporcionar<br />

mudanças nas condições da natureza do trabalho sobre o trabalhador, conforme aponta<br />

Ricciardi (2000). O autor complementa, ainda, que: “todo ser humano <strong>de</strong>fine-se a si<br />

mesmo em termos <strong>de</strong> seu trabalho, <strong>de</strong>staca-se aí a sua relevância na construção <strong>de</strong> sua<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>”.<br />

No que tange às relações <strong>de</strong> trabalho, as cooperativas asseguram a eliminação<br />

da relação empregado-empregador, visto que o associado é o próprio dono da associação.<br />

Permitem que os próprios associados exerçam a direção e a fiscalização da cooperativa.<br />

Representam, coletivamente, os interesses e/ou as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todos os associados,<br />

consi<strong>de</strong>rando-se os objetivos <strong>de</strong> produção, comercialização ou prestação <strong>de</strong> serviços para<br />

fornecedores, consumidores e governos (NETO, 2004).<br />

Também garantem direitos iguais a todos os sócios, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das<br />

condições econômicas, políticas e sociais <strong>de</strong> cada um, <strong>de</strong>ntro ou fora da associação. As<br />

cooperativas se estruturam segundo um mo<strong>de</strong>lo organizacional que preten<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>mocrático, on<strong>de</strong> as políticas e estratégias adotadas são <strong>de</strong>finidas por um processo<br />

<strong>de</strong>cisório baseado, às vezes, num consenso entre as partes interessadas. (ARANA, 2002).<br />

As cooperativas diferem das empresas comuns em muitos aspectos. Isso porque<br />

possuem características que lhes são próprias. Permite-se o livre ingresso <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que o objetivo individual do interessado não conflite abertamente com os objetivos do<br />

grupo cooperado. Possibilitam ao associado se <strong>de</strong>sligar a qualquer momento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

esteja em dia com suas obrigações para com a associação.<br />

Aboliram-se, no cooperativismo, alguns elementos clássicos e fundamentais<br />

para a manutenção do status quo, isto é, subtrai-se da relação <strong>de</strong> produção e trabalho a<br />

mais-valia. Isso não significa que empresas cooperativas não possuam funcionários, mas

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