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Campus de Presidente Prudente - Gestão Ambiental e Dinâmica ...

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empreendimentos familiares, individuais autogestionários, haverá um outro sentido para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento e para o progresso tecnológico, que não serão mais produtos da<br />

competição intercapitalista e passarão a visar as necessida<strong>de</strong>s prioritárias da maioria<br />

(SINGER, 2002).<br />

Os empreendimentos solidários seriam <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> uma posição mais<br />

responsável, quanto à <strong>de</strong>fesa do meio ambiente e à saú<strong>de</strong> do consumidor, assumindo,<br />

em suas estratégias <strong>de</strong> ação, uma orientação que estimule a cooperação em <strong>de</strong>trimento<br />

da competição (GONÇALVES, 2006).<br />

Norteados pelos princípios e valores da cooperação, pessoas e firmas<br />

ten<strong>de</strong>riam a orientar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para uma relação econômica<br />

solidária, contrapondo-se ao <strong>de</strong>senvolvimento capitalista orientado pela lógica do<br />

gran<strong>de</strong> capital. Para Singer (2002, p.11):<br />

...a economia solidária propõe outra organização da produção, à base da<br />

proprieda<strong>de</strong> social dos meios <strong>de</strong> produção. Isso não quer dizer a<br />

estatização <strong>de</strong>sta proprieda<strong>de</strong>, mas a sua repartição entre todos os que<br />

participam da produção social. O <strong>de</strong>senvolvimento solidário não propõe<br />

a abolição dos mercados, que <strong>de</strong>vem continuar a funcionar, mas sim a<br />

sujeição dos mesmos a normas e controles, para que ninguém seja<br />

excluído da economia contra a sua vonta<strong>de</strong>.<br />

Mesmo mantendo-se como economia <strong>de</strong> mercado em que seus agentes<br />

participam livremente, cooperando e competindo entre si, a economia solidária propõe a<br />

abolição do capitalismo e da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> classes.<br />

Para tanto, seria necessário que a socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> maneira geral, estabelecesse<br />

condições e tomasse medidas que evitassem que no jogo <strong>de</strong> forças, que coloca-se<br />

<strong>de</strong>ntro do mercado, houvesse a criação <strong>de</strong> ganhadores e per<strong>de</strong>dores. Posto que, sem<br />

<strong>de</strong>sfazer as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s criadas pelo jogo <strong>de</strong> mercado, que enriquece os ganhadores e<br />

empobrece os per<strong>de</strong>dores, a economia solidária não evitaria o restabelecimento da<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> classes e o capitalismo, que po<strong>de</strong>riam vir a ser eliminados pelos<br />

mecanismos <strong>de</strong> cooperação e solidarieda<strong>de</strong> (SINGER, 2002).<br />

Tendo como referencial básico das ativida<strong>de</strong>s econômicas os seres humanos,<br />

ao invés da acumulação e reprodução ampliada do capital, a economia solidária tem,<br />

então, procurado fundamentar as práticas, os princípios e os valores dos<br />

empreendimentos assim caracterizados, <strong>de</strong>spertando e estimulando a participação <strong>de</strong>

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