Campus de Presidente Prudente - Gestão Ambiental e Dinâmica ...
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O espaço não po<strong>de</strong> ser reduzido apenas a uma localização ou às relações<br />
sociais <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> – ele representa uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
preocupações sociomateriais. O espaço é uma localização física, uma<br />
peça <strong>de</strong> bem imóvel, e ao mesmo tempo uma liberda<strong>de</strong> existencial e uma<br />
expressão mental. O espaço é ao mesmo tempo o local geográfico da ação<br />
e a possibilida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> engajar-se na ação. Isto é, num plano<br />
individual, por exemplo, ele não só representa o local on<strong>de</strong> ocorrem os<br />
eventos (a função <strong>de</strong> receptáculo), mas também significa a permissão<br />
social <strong>de</strong> engajar-se nesses eventos (a função da or<strong>de</strong>m social).<br />
(CORREA, 1997, p. 32).<br />
Nesse sentido, Santos (1996, p.77) evi<strong>de</strong>ncia a importância em buscar<br />
compreen<strong>de</strong>r constantemente a diferenciação espacial e sua perpétua movimentação<br />
dialética, quando aponta que: “po<strong>de</strong>m as formas, durante muito tempo, permanecer as<br />
mesmas, mas como a socieda<strong>de</strong> está sempre em movimento, a mesma paisagem, a mesma<br />
configuração territorial, nos oferecem, no transcurso histórico, espaços diferentes”<br />
Portanto, a proposta <strong>de</strong>ste trabalho foi pesquisar a COOPERLIX sob a ótica da<br />
pesquisa quanti-qualitativa. Para tanto, usamos como prática a pesquisa-ação, através <strong>de</strong><br />
entrevistas, questionários e observação participante, buscando elementos que propiciem a<br />
compreensão dos objetivos propostos, para verificar com que representação a<br />
COOPERLIX insere-se no imaginário <strong>de</strong> cada cooperado e <strong>de</strong> seus principais apoiadores.<br />
A pesquisa teve uma lógica <strong>de</strong>dutiva por enten<strong>de</strong>rmos que o caso estudado<br />
po<strong>de</strong> ser aplicado em outros lugares em contextos semelhantes. Também visamos enten<strong>de</strong>r<br />
como as modificações na relação direta dos cooperados com a socieda<strong>de</strong> e,<br />
conseqüentemente, com o espaço, ou seja, através da cooperativa uma nova inserção sócioespacial<br />
fez-se presente no cotidiano dos cooperados e também no cotidiano das pessoas<br />
envolvidas na viabilida<strong>de</strong> da mesma 1 .<br />
O contato freqüente com a organização do trabalho cooperativo da<br />
COOPERLIX, permitiu-nos a proximida<strong>de</strong> necessária em relação à organização do<br />
trabalho na cooperativa, bem como os estudos temáticos das outras questões, as quais nos<br />
auxiliaram a formular as seguintes indagações em relação à forma <strong>de</strong> gestão, a organização<br />
do trabalho e, sobretudo, a contribuição dos apoiadores à COOPERLIX, para a<br />
estruturação dos objetivos <strong>de</strong>sta pesquisa:<br />
1 A viabilida<strong>de</strong> da cooperativa provém do apoio <strong>de</strong> instituições municipais e estaduais, empresas, inclusive<br />
<strong>de</strong> famílias em suas residências, separando o material reciclável visando a doação do mesmo aos cooperados,<br />
através da coleta seletiva.