Campus de Presidente Prudente - Gestão Ambiental e Dinâmica ...
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membros, conhecida como cooperativas <strong>de</strong> trabalho, têm se fortalecido na socieda<strong>de</strong> como<br />
uma alternativa <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> trabalho frente a uma conjuntura sócio-econômica complexa.<br />
Assim, o que se observa é que o principal confronto com a doutrina<br />
cooperativista tem sua origem no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> fundada na subordinação do<br />
trabalho ao capital e da apropriação privada <strong>de</strong> riqueza socialmente produzida.<br />
A dificulda<strong>de</strong> é, que, enquanto as <strong>de</strong>terminações capitalistas permanecem<br />
controlando a socieda<strong>de</strong>, o trabalho – ainda que i<strong>de</strong>almente <strong>de</strong>vesse fazêlo<br />
– simplesmente não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser a fonte da riqueza, nem o tempo<br />
<strong>de</strong> trabalho a sua medida. Do mesmo modo, sob tais condições, o valor <strong>de</strong><br />
troca não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser a medida do valor <strong>de</strong> uso, nem po<strong>de</strong>mos<br />
simplesmente postular que, em virtu<strong>de</strong> das implicações i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong>stas<br />
relações – que transformam o sistema capitalista em um anacronismo<br />
histórico, mas <strong>de</strong> modo algum um anacronismo imediatamente visível e<br />
materialmente sentido -, o modo <strong>de</strong> produção baseado no valor <strong>de</strong> troca<br />
realmente entra em colapso. Por isso, enquanto o capital pu<strong>de</strong>r encontrar<br />
novas saídas para a expansão através do vasto terreno <strong>de</strong> sua ascendência<br />
global, a não possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização do indivíduo social permanece<br />
apenas como uma contradição latente <strong>de</strong>sta socieda<strong>de</strong>, em vez <strong>de</strong> explodir<br />
suas bases estreitas. (MÉSZÁROS, 2002, p. 1057).<br />
Desta forma, o cooperativismo é uma tentativa para criar nos indivíduos a sua<br />
realização enquanto ser social. Todavia, a força opressora do capitalismo exerce inúmeras<br />
influências nos mesmos e assim, impossibilita muitos indivíduos <strong>de</strong> irem além das<br />
condições oferecidas – seja materialmente - ou mesmo quanto ao modo organizativo <strong>de</strong><br />
trabalho.<br />
O movimento cooperativista, conhecido e implementado há algum tempo nos<br />
países mais adiantados, <strong>de</strong>senvolveu-se no Brasil, principalmente, com foco nas<br />
cooperativas agropecuárias. Posteriormente, tiveram início as cooperativas <strong>de</strong> trabalho e<br />
quando seu número começou a aumentar houve reações contrárias, sobretudo, dos<br />
sindicatos <strong>de</strong> trabalhadores (JARDIM, 1995).<br />
Contudo, em período recente, essa postura mudou, pois perceberam que esse<br />
tipo <strong>de</strong> organização seria um meio <strong>de</strong> seus associados fazerem frente ao <strong>de</strong>semprego,<br />
colocando-se no mercado <strong>de</strong> trabalho. Também o po<strong>de</strong>r público tem, na medida do<br />
possível, <strong>de</strong>finido políticas públicas para qualificar a mão-<strong>de</strong>-obra <strong>de</strong>socupada e sua<br />
organização mediante formação <strong>de</strong> instituições autogestionárias. Nesse contexto, as<br />
cooperativas <strong>de</strong> catadores <strong>de</strong> resíduos sólidos surgem como uma alternativa para gerar<br />
renda.