Estudo do fluxo sangüíneo ocular em hipertensos oculares utilizando o teste <strong>de</strong> sobrecarga hídrica105Gráfico 2Caracterização dos pacientes segundo a pressãoocular consi<strong>de</strong>rando-se o grupoGrupoQuadro 1Grupos <strong>de</strong> indivíduos avaliadosEspessura MétodoOlhoda córnea <strong>de</strong> medição1 Esquerdo < 580 µm Goldmann*2 Direito < 580 µm POBF**3 Esquerdo > 580 µm Goldmann4 Direito > 580 µm POBF*Tonômetro <strong>de</strong> Aplanação <strong>de</strong> Goldmann-mo<strong>de</strong>lo Haag-Strait; ** Pulsatile Ocular Blood Flow<strong>de</strong> freqüência dupla, análise da camada <strong>de</strong> fibras nervosas,paquimetria corneana e medida do FSO . O TSH foirealizado, associadamente, nestas propedêuticas no períododa tar<strong>de</strong>, entre às 16 e 18 horas.Todos os pacientes foram acompanhados durante90 minutos no TSH, sendo que o FSO e a Po foram avaliadospor três oportunida<strong>de</strong>s: antes da sobrecarga hídricae após 30 e 90 minutos <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> 1000ml <strong>de</strong> águatomados <strong>de</strong> uma única vez.O aparelho utilizado para realizar o fluxo sanguíneoocular foi o Pulsatile Ocular Blood Flow Analyser(POBF), que utiliza um pneumotonômetro adaptado aum medidor <strong>de</strong> fluxo computadorizado, que tem o propósito<strong>de</strong> quantificar o pulso da pressão intra-ocular. (14) Vale<strong>de</strong>stacar, que o POBF realiza a medida da Po, do volume<strong>de</strong> pulso e do fluxo sanguíneo ocular levando sempre emconsi<strong>de</strong>ração a rigi<strong>de</strong>z parietal, por disponibilizar em seusoftware uma fórmula matemática para tal. (14)A paquimetria corneana foi realizada utilizandoo aparelho DGH mo<strong>de</strong>lo 4000 (DGH Technology, Inc.,EXTON, PA, USA), realizando 3 medidas da porçãocentral corneana e calculando-se a média.Os pacientes foram divididos em quatro grupos(10 em cada) <strong>de</strong> acordo com a espessura da córnea e ométodo <strong>de</strong> mensuração da pressão intra-ocular utilizado.(Quadro 1)Em relação à paquimetria corneana, os grupos 1e 2 apresentaram espessura corneana variando <strong>de</strong> 492 a578 mm (média <strong>de</strong> 546,30 ± 25,77). Os pacientes pertencentesaos grupos 3 e 4, apresentaram paquimetria variando<strong>de</strong> 590 a 683 mm (média <strong>de</strong> 627,80 ± 30,62).Nos grupos 1 e 3 as medidas da Po foram realizadasutilizando o tonômetro <strong>de</strong> aplanação <strong>de</strong> Goldmann(Haag-Strait).Nos grupos em que a Po foi medida pelo POBFainda foram avaliados as seguintes variáveis: volumedo pulso (ml), freqüência cardíaca (batimentos/minuto)e fluxo sangüíneo ocular (ml/segundo).Todos os resultados foram consi<strong>de</strong>rados significativosao nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5% (p < 0,05), tendo,portanto, 95% <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> que os resultados estejamcorretos.RESULTADOSOs resultados mostraram que, em relação a Po,não existiram diferenças significativas entre os gruposestudados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do momento da avaliação. Observou-seainda uma elevação significativa da Po após30 minutos do TSH, sendo que após os 90 minutos o patamarinicial foi atingido novamente. A Tabela 1 e o Gráfico2 <strong>de</strong>monstram estes resultados.Não foram encontradas diferenças significativasentre os dois grupos no que diz respeito à freqüência cardíaca(FC). Em ambos os grupos ocorreu uma reduçãosignificativa após 30 minutos do TSH que manteve-senestes patamares na avaliação realizada aos 90 minutos.A Tabela 2 e o Gráfico 3 <strong>de</strong>monstram estes resultados.Quanto ao volume do pulso (VP) observou-seque o grupo 2 (espessura da córnea inferior a 580 mme POBF) apresentou resultados significativamente inferioresaos observados no grupo 4 (espessura dacórnea superior a 580 mm e POBF) durante todo oacompanhamento. Verificou-se, ainda, nos dois grupos,uma elevação do volume <strong>de</strong> pulso após 90 minutos doTSH. Estes resultados po<strong>de</strong>m ser observados na Tabela3 e no Gráfico 4.Rev Bras Oftalmol. 2005; 64 (2): 102-108
106Ribeiro BB, Figueiredo CR, Suzuki ER, Silva FA, Batista WD, Galvão Neto PTabela 2Caracterização dos pacientes segundo a freqüência cardíaca consi<strong>de</strong>rando-se o grupoTempoGrupoMedidas <strong>de</strong>scritivasMínimo Máximo Média D.p.0 2 57,0 85,0 74,3 8,24 57,0 88,0 74,7 13,630 2 56,0 84,0 64,7 8,64 52,0 93,0 69,8 13,590 2 54,0 75,0 65,5 7,24 51,0 88,0 67,4 11,4Tabela 3Caracterização dos pacientes segundo o volume do pulso consi<strong>de</strong>rando-se o grupoTempoGrupoMedidas <strong>de</strong>scritivasMínimo Máximo Média D.p.0 2 3,2 8,6 5,6 1,94 3,9 12,4 7,9 2,830 2 3,0 8,2 5,8 1,94 4,9 11,1 7,9 2,190 2 3,6 10,7 6,7 2,34 4,6 13,2 8,8 2,8Gráfico 3Caracterização dos pacientes segundoa freqüência cardíaca consi<strong>de</strong>rando-se o grupoGráfico 4Caracterização dos pacientes segundoo volume do pulso consi<strong>de</strong>rando-se o grupoRev Bras Oftalmol. 2005; 64 (2): 102-108
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