11.07.2015 Views

Mar-Abr - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Mar-Abr - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Mar-Abr - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Avaliação do efeito da levodopa versus acetilcisteína sobre o tamanho do globo ocular e da retina <strong>de</strong> ratos em crescimento111DISCUSSÃOFigura 1: observa-se a retina com cortes radiais, estendida sobre umalâmina gelatinizada. Embaixo <strong>de</strong>sta foi colocado um fundo pretocircundado por papel milimetrado.Experimentação Animal e do National Institute ofHealth Gui<strong>de</strong> for Care and Use of Laboratory Animals.Os resultados das variáveis contínuas foram expressospor suas médias e <strong>de</strong>svios padrão. A análise <strong>de</strong> possíveisdiferenças entre médias foi feita pela ANOVA. Emtodos os testes foi adotado o nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.RESULTADOSOs resultados po<strong>de</strong>m ser observados na tabela 1.O peso ocular dos animais foi semelhante (p=0,94) quandocomparados os grupos levodopa (94,12±6,24mg;n=11), acetilcisteína (94,46±5mg; n=10) e água(96,08±3,54mg; n=10).O diâmetro ocular antero-posterior (AP) nãoapresentou diferença significante (p=0,63) quando comparadosos grupos levodopa (5,41±0,13mm; n=15),acetilcisteína (5,43±0,09mm; n=13) e água(5,44±0,1mm; n=14).No diâmetro ocular equatorial (EQ) não houvediferença significante (p=0,90) entre os Grupos levodopa(5,47±0,21mm; n=15), acetilcisteína (5,5±0,15mm; n=13)e água (5,5±0,16mm; n=14).As médias das áreas retinianas não diferiram(p=0,91) quando comparadas entre os grupos levodopa(61,78±15,38mm 2 ; n=9), acetilcisteína (64,06±19,68mm 2 ;n=11) e água (61,92±13,95mm 2 ; n=7).A ausência <strong>de</strong> impacto do tratamento sobre o pesocorporal po<strong>de</strong> indicar que as doses utilizadas neste trabalhonão foram suficientes para interferir com a evoluçãopon<strong>de</strong>ral dos animais.A medida do comprimento ocular, realizada como paquímetro, apresenta limitações quanto às informaçõesque ele po<strong>de</strong> oferecer. Além <strong>de</strong> esse instrumentoter graduação apenas até décimo <strong>de</strong> milímetro, ele afereo diâmetro externo (córneo-escleral) do globo ocular.Em estudos com galinhas e macacos, têm sido avaliadosos diâmetros oculares com ultrassonografia, nessas condições,<strong>de</strong>monstrou-se aumento na profundida<strong>de</strong> da câmaravítrea, nos animais que sofreram privação visual(6,8) , sugerindo que o método utilizado nessas medidaspo<strong>de</strong> ser crítico para se evi<strong>de</strong>nciar diferenças nas dimensõesoculares.O procedimento para medida da área retinianapo<strong>de</strong> ser feito com facilida<strong>de</strong> em animais experimentais,po<strong>de</strong>ndo ser mais um parâmetro para <strong>de</strong>tectar possíveisalterações do tamanho do globo ocular. Resultados<strong>de</strong> trabalhos anteriores são consistentes com a hipótese<strong>de</strong> que a retina, através do sistema dopaminérgico,participa do controle do crescimento ocular (7-8) .A interferência <strong>de</strong> agonistas dopaminérgicos sobreo comprimento ocular foi <strong>de</strong>scrita em animais comprivação visual (6) . É necessário continuar os estudos paraassegurar que este fato só ocorre na presença da privação.Futuramente, a regulação do crescimento ocular pelosistema dopaminérgico po<strong>de</strong>rá ser uma importante estratégiaterapêutica para modificar o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> certas miopias humanas (6) .A participação do sistema dopaminérgico sobreo crescimento ocular po<strong>de</strong> estar relacionada ao metabolismooxidativo, visto que, pelo menos o efeitoneurotrófico da acetilcisteína e da levodopa, ocorreconcomitante ao aumento da síntese do glutation (9-10) . Ouseja, esta resposta não requer a conversão da levodopaem dopamina e não é causada por agonistas dos receptoresdopaminérgicos (10) .As pesquisas com a acetilcisteínaTabela 1PESO DIÂMETRO DIÂMETRO ÁREAGRUPOS OCULAR(mg) AP(mm) EQ(mm) RETINA(mm 2 )LEVODOPA 94,12±6,24 (11) 5,41±0,13 (15) 5,47±0,21 (15) 61,78±15,38 (11)ACETILCISTEÍNA 94,46±5 (10) 5,43±0,09 (13) 5,5±0,15 (13) 64,06±19,68 (11)ÁGUA 96,08±3,5 (10) 5,44±0,1 (14) 5,5±0,16 (14) 61,92±13,95 (7)Na tabela acima, os dados foram expressos por suas médias ± o <strong>de</strong>svio padrão, seguido pelo número da amostra em parênteses. As diferenças nãoforam estatisticamente siginificantes(p=0,05).Rev Bras Oftalmol. 2005; 64 (2): 109-112

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!