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Dossiê Debateconluios – entre os dois campos – a política e a arte – em permanenteconfronto. O artista migrante pode ser um artista oficial, um funcionário doEstado? Isso seria possível com um percurso interior nômade? Há artistascontemporâneos que cavam seu caminho longe dos estereótipos, fugindo<strong>da</strong> sedentarização, criando valores para o campo <strong>da</strong> arte. Deles se pode dizero que Deleuze disse do ferreiro e de seu risco de sedentarismo: “Sua relaçãocom os outros decorre de sua itinerância interna, de sua essência vaga e nãoo inverso. É em sua especifici<strong>da</strong>de, enquanto ele é um itinerante, enquantoele inventa um espaço vazado, que (o artista) comunica com os sedentáriose com os nômades” (Deleuze, 1980:516).NOTAS:1Foi construí<strong>da</strong> uma periodização para marcar os momentos de inflexão ao longo<strong>da</strong> história. São recortes temporais que, buscando os nexos entre os dois camposem ação, permitem visualizar a dinâmica <strong>da</strong>s relações entre estética e política. Emto<strong>da</strong>s as etapas <strong>da</strong> pesquisa, teóricas ou empíricas, foi levado em consideração omodo de organização dos grupos, o vínculo entre estética e política, com ênfase noconceito de itinerância. Foram também explorados alguns dos aspectos conceptuais<strong>da</strong> categoria itinerância e sua utili<strong>da</strong>de para pensar, do ponto de vista <strong>da</strong> sociologia<strong>da</strong> cultura, a produção estética <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des.2Résumé de l’Histoire littéraire du Portugal suivie du Résumé de l’Histoire littéraire duBrésil, publicado em Paris, em 1826. Denis viveu no Rio entre 1816 e 1820. Em Paristornou-se diretor <strong>da</strong> Biblioteca de Sainte Geneviève, onde recebia seus amigos ediplomatas brasileiros.3Esta igreja, posteriormente foi remodela<strong>da</strong> em pedra e cal, foi demoli<strong>da</strong> em 1912.4O Padroado foi uma instituição colonial, um tratado entre a Santa Sé, assinado em1465 pelo Papa Calisto III, Portugal e Espanha, que vinculava os religiosos aoEstado do qual recebiam foro, desempenhando um papel fun<strong>da</strong>mental no controlepolítico-ideológico do projeto colonizador português.5Além de alguns autores clássicos como Germain Bazin ou Lourival Gomes Machado,há numerosos estudos, na maior parte curtos, sobre pintores ou escultores específicos,pertencentes a uma ordem ou confraria religiosa. Estudos de conjunto foram levadosa cabo por Lúcio Costa e Paulo Santos (sobre a arquitetura barroca jesuítica), por RodrigoMelo Franco de Andrade (sobre a pintura no período colonial), por Mário de Andrade,que escreveu vários estudos sobre arte colonial brasileira (Aleijadinho, Padre Jesuínodo Monte Carmelo), e, mais recentemente, por Affonso Ávila, responsável peladivulgação <strong>da</strong> narrativa “Triunfo Eucarístico”e de estudos inovadores sobre o Barroco.6Esse chafariz era localizado onde hoje se encontra o Largo <strong>da</strong> Carioca.7Ver Veloso e Madeira, Leituras Brasileiras, p. 648Daí a decisão de criar os cursos jurídicos, implantados em 1827 em Olin<strong>da</strong> e emSão Paulo.9O “bota abaixo” – assim denominado pelos jornais <strong>da</strong> época – foi o movimento<strong>da</strong>s grandes demolições que antecederam às reformas embelezadoras ehigienizadoras do governo de Rodrigues Alves, com Oswaldo Cruz e Pereira Passos.10O romance de Lima Barreto, Vi<strong>da</strong> e morte de J.M. Gonzaga de Sá, tematiza estaquestão de modo bastante radical.11Le Corbusier fez uma primeira viagem ao Brasil por conta própria e uma segun<strong>da</strong>a convite de Lúcio Costa, que considerava suas obras o “Livro sagrado <strong>da</strong>arquitetura” segundo expressão do próprio Costa (apud Netto, Marcos Konder, 2006).12Mário Pedrosa estranha a aplicação <strong>da</strong> censura às artes, representa<strong>da</strong> pelofechamento do salão <strong>da</strong> Bienal jovem do Rio de Janeiro em 1967. Por ser umaforma de expressão que interessa a uma minoria, as artes plásticas não foram tãoatingi<strong>da</strong>s pela censura como o teatro ou a música popular, de divulgação mais ampla.Referências bibliográficas:ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de. Pequena História <strong>da</strong> formação social Brasileira.Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1981.CARNEIRO, Edison. A ci<strong>da</strong>de de Salvador (1549) – uma reconstituição histórica.Rio de Janeiro, 1950.DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mille Plateaux. Paris: Ed. Minuit, 1981.ELIAS, Norbert. O Processo civilizador I. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1990.GRUZINSKI, Serge. La colonisation de l’imaginaire. Paris: Ed. Gallimard, 1988.MADEIRA, Angélica. “Os pensionistas do Imperador” in Lusitânia, vol., I, no 3. NovaIorque: Avilez Editor, 1990.NETTO, Marcos Konder. “Setenta e cinco anos de Arquitetura Moderna no Brasil” inGUIMARÃES, C. Arquitetura e movimento moderno. Rio de Janeiro: FAU-UFRJ, 2006.SMITH, Robert. História <strong>da</strong>s Artes na ci<strong>da</strong>de de Salvador. Salvador: PMS, 1967.SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1985.URRY, John. Sociology beyond society. Londres: Ed. Routledge, 2000.VELOSO, Mariza e MADEIRA, Angélica. Leituras brasileiras. São Paulo: Ed. Paz eTerra, 1999.~ 6.2 | 2007~ 91

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