momentos de oração não são mais privados aos grupos, eles atingem a muitos e dediversas localidades, sem necessariamente relacionar-se com um grupo numa capela,basta sintonizar um desses programas para participar de uma oração pentecostal.Essa evolução da Renovação Carismática Católica no Brasil atesta seudinamismo surpreendente e um desenvolvimento que faz dela um movimento dasmassas. Não se limita a reuniões num determinado espaço, mas supera fronteiras,chegando aos lugares mais distantes e integrando pessoas por meio de variadasformas 29 .1.2.4 Um movimento de vários rostosNessa década do novo milênio, assistimos a uma nova configuração daRenovação Carismática Católica. Depois de mais de 40 anos de existência, omovimento se estruturou, cresceu e influencia consideravelmente a conjuntura eclesialatual.Do interior da Renovação Carismática Católica surgiram diversasassociações, comunidades de vida e de aliança e grupos 30 que se formaram a partir daespiritualidade carismática e seguiram um rumo próprio com determinados carismas eserviços na Igreja sem um vínculo institucional com o movimento.Muitos outros movimentos surgiram sem relação direta com a RenovaçãoCarismática, mas mantêm laços de apreço e comunhão: Focolares, Cursilhos, CaminhoNeocatecumenal etc. Estes também se encontram na esteira de renovação que oConcílio Vaticano II iniciou e tiveram um grande incentivo do papa João Paulo II, oqual muitas vezes reuniu esses novos movimentos eclesiais em congressosinternacionais e dirigiu-lhes exortações de encorajamento e apoio eclesial 31 .29 Mais algumas considerações: ALTEMEYER JUNIOR, F. Experiência de elaboração da Teologia: vercomo somos vistos. In: FABRI DOS ANJOS, M (org). Sob o fogo do Espírito. São Paulo: Paulinas, 1998,p. 175-190.30 Comunidades: Canção Nova, Shalom, Obra de Maria etc. Associações: Associação do Senhor Jesus,Toca de Assis etc. Grupos: as bandas de música, os cantores carismáticos etc. Esses são exemplos depessoas e grupos que nasceram da Renovação Carismática e seguem um caminho próprio, mantendo aespiritualidade carismática, sem relações institucionais com o movimento.31 “Desde o começo do pontificado de João Paulo II aconteceram três grandes encontros mundiais demovimentos eclesiais, em 1981, 1985 e 1991. Mas foi, sobretudo no maravilhoso encontro mundial, emmaio de 1998 na Praça de São Pedro, reunindo mais de 300 mil fieis e 50 diferentes movimentoseclesiais, que o papa saudou os Novos Movimentos Eclesiais como preparação do grande jubileu do ano26
A CNBB se preocupou com essa realidade aqui no Brasil. Um estudo daComissão Episcopal de Doutrina em 1997 elaborou uma “teologia dos movimentos”, apartir da apreciação de cinco movimentos: Focolares, Comunhão e Libertação,Movimento de Schönstatt, Neocatecumenato e Renovação Carismática Católica 32 .Enfim, um subsídio doutrinal da CNBB foi publicado em 2005 33 , sobresponsabilidade da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, verificando oatual contexto sócio-cultural, iluminando a crescente realidade de novos movimentos noBrasil e dando já um enquadramento jurídico a essas associações públicas de fiéis 34 .Sob o influxo da espiritualidade carismática, as nascentes comunidadesretomam o ideal de vida comunitária evangélica, comprometem-se por meio da pobreza,castidade e obediência, atraindo inúmeras vocações à vida consagrada e ao sacerdócio equestionando a vida religiosa tradicional. As novas comunidades trazem com seu jeitopróprio uma novidade para o interior eclesial e testemunham para o mundo a alegria davida fraterna e o serviço a Cristo.Além dessa riqueza pastoral e de tantos carismas surgidos da experiênciapentecostal, a proposta carismática é aceita em outros movimentos e pastorais da IgrejaCatólica. A animação, os cânticos, a glossolalia e a oração por cura não são maiscaracterísticos só da Renovação Carismática. Outros movimentos, principalmente osmais recentes na história da Igreja, também assimilaram algumas dessas características.2000 e programa da Providência para o terceiro milênio”. TERRA, João. Os Novos Movimentos Eclesiais.São Paulo: Loyola, 2004, p.17.32 Cf. TERRA, 2004, p. 17.33 COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA DOUTRINA DA FÉ. Igreja particular, movimentoseclesiais e novas comunidades. 3. ed. São Paulo: Paulinas, 2007.34Uma distinção, insuficiente do nosso ponto de vista, entre “novos movimentos” e “novascomunidades”, encontra-se em: CARRANZA, B et al. Novas Comunidades Católicas: em busca doespaço pós-moderno. Aparecida: Idéias e Letras, 2009, p. 142. Apresenta-se os “novos movimentos”como nascidos na Europa e antes do Vaticano II, há vários exemplos que contradizem essa opinião: aprópria RCC.27
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