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CONFESSAR JESUS NO ESPÍRITO SANTO - FaJe

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põe o cristão como servidor de todos no amor e ao mesmo tempo livre de tudo porreconhecer que a única coisa que lhe basta é o amor.Eis o distintivo cristão: em meio a uma cultura idólatra e egoísta, apresentar,com a vivência da fé em Cristo, que ser livre é servir e não depender de nenhuma coisapara própria felicidade, senão do próprio Deus.3.1.3 Anátema JesusNinguém falando inspirado pelo Espírito Santo pode dizer: “anátema sejaJesus”. Esse primeiro critério de autenticidade da ação do Espírito Santo nos faz pensarnos tipos de anátemas atuais e como isso ocorre na realidade eclesial do Brasil.Essa palavra traduz para o grego o hebraico ~r,xe, que significa aquilo queestá separado por causa (da vontade) de Deus, seja por ação humana ou por intervençãodivina 8 . Na perícope examinada, o sentido da palavra “anátema” é o de maldito,excomungado e excluído da relação com Deus. Sob a óptica desse sentido na perícope,pensamos em quais situações ou de que formas Jesus é maldito.É difícil perceber explicitamente uma proclamação como essa, ainda maisnum país de costumes cristãos. Entretanto, veladamente, Jesus é anatematizado pormeio das pessoas excluídas da comunidade (cf. Mt 25,40.45), devido a um mododiferente de crer ou pensar a fé, ou devido à classe social ou à raça.Exemplo disso é a mútua exclusão entre “carismáticos” e “libertadores” 9 .Por causa de uma determinada maneira de experimentar e crer em Deus, ambos serejeitaram (ainda se rejeitam) mutuamente, arrogando para si a verdadeira forma deseguimento de Jesus Cristo. A atitude excludente e prepotente nunca é inspirada peloEspírito Santo.8 Cf. VIGOUROUX, 1926, p. 545-550. Sobre o uso do anátema na história da Igreja: VACANT, A.Anathème. In: VACANT, A. Dictionnaire de Théologie Catholique. Tomo I. Paris: Letouzey, 1923, p.1168-1171.9 Cf. BOFF, Cl, 2000, p. 49-53. O autor percebe o confronto e aponta para uma convergência: “é precisoreconhecer que aconteceram e ainda acontecem conflitos, às vezes muito sofridos, nas relações entre RCCe CEBs. Mas os conflitos precisam ser tratados e não simplesmente reprimidos ou- pior ainda-suprimidos.Sem dúvida, „espirituais‟ e „comprometidos‟ têm suas tentações específicas e seus limites próprios. Masnem por isso uns ou outros podem ser simplesmente proibidos (aliás, em vão), mas sim devem sercorrigidos fraternalmente. (...) Arrancados de perspectivas diferentes e às vezes sem perceber ouconfessar, a RCC e a TdL estão se aproximando uma da outra” (p. 51).69

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