178Matriz Energética 2030Figura 6‐8 – Estrutura do Consumo <strong>de</strong> Gás Natural (% sobre dados em tep)%1008060406,1 outros usos6,916,019,88,4produção<strong>de</strong>r. petróleo14,1 15,8setorenergéticogeraçãoelétricatransportes17,024,77,22035,6industrial28,402005 2030Tabela 6‐7 – Gás Natural: Indicadores Selecionados (em milhões <strong>de</strong> m 3 por dia)2005 2010 2020 2030Produção 55 90 169 252Perdas e reinjeção 15 20 38 54Importação 25 47 46 72Disponibilida<strong>de</strong> interna total 64 116 177 269Produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo 3,9 13,4 22,2 42,1Geração <strong>de</strong> energia elétrica 1 12,5 38,3 43,4 65,9Consumo na indústria 22,5 31,6 51,8 75,9<strong>Reservas</strong> 2 306 631 <strong>1.</strong>110 <strong>1.</strong>654Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento 47 64 104 154Notas: 1) consi<strong>de</strong>ra <strong>de</strong>spacho médio das usinas térmicas, conforme estudos da expansão da oferta <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>; 2) consi<strong>de</strong>ra R/P = 18; em bilhões m 7• 6.<strong>1.</strong>5. Derivados da CanaEm um cenário macroeconômico <strong>de</strong> aproveitamento das potencialida<strong>de</strong>s nacionais em meio a umambiente externo favorável (Cenário B1), a competitivida<strong>de</strong> da cana-<strong>de</strong>-açúcar para fins energéticos é oprincipal elemento que justifica a expansão expressiva da produção <strong>de</strong> etanol, inclusive com exce<strong>de</strong>ntesexportáveis. Nesse contexto, há um aumento da produção dos <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>rivados da cana-<strong>de</strong>-açúcar, emespecial da biomassa <strong>de</strong>stinada à geração <strong>de</strong> energia elétrica. Destaque-se, ainda, que, ao longo do horizonte,parte da biomassa produzida é <strong>de</strong>stinada à produção do etanol, pelo processo da hidrólise.No final do horizonte, há uma redução da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> etanol para exportação em <strong>de</strong>corrênciaEmpresa <strong>de</strong> Pesquisa Energética
Matriz Energética 2030179do crescimento do consumo interno <strong>de</strong> energia no setor transportes em face, principalmente, do aumentoda frota <strong>de</strong> veículos leves flex fuel. Ainda contribui para essa redução eventuais limitações que possamsurgir a uma maior expansão da área ocupada com a cultura da cana. O uso mais intenso do etanol comocombustível automotivo reduz a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> gasolina, aliviando pressões sobre a <strong>de</strong>manda e o refino <strong>de</strong>petróleo.Nessas condições, em 2030, a cana e seus <strong>de</strong>rivados passam a ser a segunda fonte <strong>de</strong> energia maisimportante da Matriz Energética Brasileira, com 18,5% <strong>de</strong> participação (em 2005, 13,8%), inferior apenasà participação do petróleo e <strong>de</strong>rivados. A Tabela 6-8 resume os principais indicadores do balanço da canapara fins energéticos.Tabela 6‐8 – Produtos da Cana-<strong>de</strong>-açúcar: Indicadores Selecionados2005 2010 2020 2030Etanol (10 6 m 3 )Produção 16,0 24,0 48,0 66,6Exportação 2,5 4,3 14,2 11,5Consumo em transportes 13,3 18,6 32,4 53,3Energia primária (10 6 t)Produção <strong>de</strong> caldo <strong>de</strong> cana 1 97,9 150,5 291,5 345,3Produção <strong>de</strong> melaço 1 12,5 19,2 38,9 53,1Produção <strong>de</strong> biomassa 2 106,5 136,3 245,0 367,4Cana-<strong>de</strong>-açúcarProdução (10 6 t) 431 518 849 <strong>1.</strong>140Área plantada (10 6 ha) 5,6 6,7 10,6 13,9Produtivida<strong>de</strong> (t/ha) 77,0 77,3 80,1 81,4Notas: 1) processado nas <strong>de</strong>stilarias para produção <strong>de</strong> etanol; 2) inclui bagaço e recuperação da palha: biomassa em base úmida• 6.<strong>1.</strong>6. Energia ElétricaO consumo total <strong>de</strong> energia elétrica, em 2030, é estimado em <strong>1.</strong>083,4 TWh, o que significa umaexpansão <strong>de</strong> 4,0% ao ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005. Note-se que a estratégia para atendimento <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>manda contemplainiciativas na área <strong>de</strong> eficiência energética (adicionais a um progresso autônomo intrinsecamenteconsi<strong>de</strong>rado nas projeções), que “supririam” uma parcela, cerca <strong>de</strong> 5%, <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>manda. Assim, o requisito<strong>de</strong> produção seria <strong>de</strong> <strong>1.</strong>030,1 TWh. A Tabela 6-9 resume os principais indicadores relativos ao balançoda eletricida<strong>de</strong>.Do lado da oferta, <strong>de</strong>staca-se a redução das perdas totais, que se admite reduzidas, em 2030, para 13,8%.A energia hidráulica segue mantendo a li<strong>de</strong>rança entre as fontes <strong>de</strong> produção, porém, sua participaçãocai da elevada proporção atual (cerca <strong>de</strong> 85% em 2005) para pouco mais <strong>de</strong> 70% (consi<strong>de</strong>rando que gran<strong>de</strong>parte da importação é <strong>de</strong> origem hidráulica: Itaipu e outras binacionais). Em contrapartida, a geraçãotérmica convencional (nuclear, gás natural e carvão mineral) expan<strong>de</strong> sua participação <strong>de</strong> 7% para cercaMinistério <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> e Energia