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1. Recursos e Reservas Energéticas - Ministério de Minas

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208Matriz Energética 2030sição entre uma expansão predominantemente hidrelétrica, como ocorreu nos últimos quarenta anos,para uma expansão, com características completamente distintas, com uma participação crescente <strong>de</strong>fontes alternativas renováveis, como eólica e outras, e <strong>de</strong> usinas térmicas, utilizando diferentes insumosenergéticos, <strong>de</strong> preferência também renováveis, como a biomassa.Outra característica da oferta <strong>de</strong> energia elétrica é a necessida<strong>de</strong> crescente <strong>de</strong> usinas <strong>de</strong> alto fator<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> para o que não se po<strong>de</strong> contar com as opções eólicas e <strong>de</strong> biomassa, esta última em geralmais atinente à co-geração.Com respeito ao potencial <strong>de</strong> co-geração da indústria da cana, ressalte-se que ainda não se encontra<strong>de</strong>vidamente explorado em plenitu<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> seus enormes atrativos.Afora, a utilização das energias renováveis, consi<strong>de</strong>rando uma visão <strong>de</strong> longo prazo, é necessárioplanejar uma expansão para a geração térmica, no País, com unida<strong>de</strong>s a carvão, nucleares e a gás natural,inclusive o GNL, além das usinas utilizando biomassa, já mencionadas.O Brasil dispõe <strong>de</strong> todas as alternativas térmicas, com maior potencial para a nuclear e o carvão,justamente em função da disponibilida<strong>de</strong> abundante <strong>de</strong> combustível.Com respeito às usinas térmicas a carvão, a opção seria utilizar na região Sul o combustível nacional,como já tem sido <strong>de</strong>senvolvido, mas nas regiões Su<strong>de</strong>ste e Nor<strong>de</strong>ste, po<strong>de</strong>ria ser consi<strong>de</strong>rada a alternativado combustível importado, particularmente no longo prazo.A opção nuclear <strong>de</strong>ve ser observada, sobretudo para a época após a conclusão da Usina Nuclear <strong>de</strong>Angra III. Neste caso, ressaltam-se as gran<strong>de</strong>s reservas <strong>de</strong> urânio no Brasil e o alto nível da competênciatécnica nacional em todo o processo da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção. De fato, é factível a execução <strong>de</strong> toda aca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção no país, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a exploração, enriquecimento, produção do combustível e a própriageração, sendo o Brasil auto-suficiente no processo <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia elétrica nuclear.Destarte, vislumbra-se que a alternativa <strong>de</strong> expansão térmica <strong>de</strong> base no Brasil, quando do esgotamentodo potencial hidrelétrico aproveitável após 2020, <strong>de</strong>verá ser fundamentalmente baseada em umacombinação <strong>de</strong> geração a carvão e geração nuclear e complementada pela geração a gás.Fora do setor elétrico, o gás natural, nesse horizonte, gradativamente torna-se um combustível nobre<strong>de</strong>corrente da crescente <strong>de</strong>manda seja pelo setor industrial e <strong>de</strong> transporte. Por este motivo a implementaçãoda infra-estrutura necessária para a importação do GNL torna-se atraente nesse horizonte no BrasilA entrada em cultivo, produção e uso <strong>de</strong> novos bio-combustíveis também remete ao problema <strong>de</strong> seutransporte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a área <strong>de</strong> cultivo até a <strong>de</strong> produção do combustível e daí até os pontos <strong>de</strong> distribuiçãoao consumidor. Essa é uma área em que se po<strong>de</strong>rão ter gran<strong>de</strong>s economias se propriamente planejada eincentivada.Por outro lado, o fato do sistema <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia elétrica ser predominantemente hidroelétricolevou também a se <strong>de</strong>senvolver um gran<strong>de</strong> complexo <strong>de</strong> transporte, levando-se em conta as diversida<strong>de</strong>shidrológicas entre as diversas bacias hidrográficas envolvidas, além <strong>de</strong> garantir a segurança do abastecimento.Ainda relativamente ao setor elétrico, é bom lembrar que, embora a tecnologia <strong>de</strong> projeto, construçãoe fabricação <strong>de</strong> componentes do sistema <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> seja predominantementenacional, há <strong>de</strong>ficiências nesse sistema que conduzem a níveis <strong>de</strong> perda inaceitáveis em algumas áreasdo País. Faz-se mister posicionar-se com relação a esse ponto e propor as medidas que permitam corrigirEmpresa <strong>de</strong> Pesquisa Energética

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