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1. Recursos e Reservas Energéticas - Ministério de Minas

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212Matriz Energética 2030A primeira <strong>de</strong>las é que as metas <strong>de</strong> parcelas <strong>de</strong> mercado estabelecidas para as gerações a partir <strong>de</strong>stasfontes não têm nenhuma relação com eventuais metas associadas a políticas ambientais, com esses recursosdisponíveis no País a custos razoáveis, com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manufatura local que o governo <strong>de</strong>sejefomentar, ou com a potência suplementar, como, por exemplo, novas usinas termelétricas, requerida parafirmar a geração <strong>de</strong> fontes aleatórias <strong>de</strong> energia como a eólica e a hidráulica.Não foi realizado no Plano 2030 e Matriz 2030 nenhum estudo sobre o impacto das metas do PROINFAsobre as tarifas <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>, questão esta muito importante em um país com tantos consumidorespobres. Logo, estas metas precisam ser revisadas no futuro. A menos <strong>de</strong> “valores econômicos” eventualmente<strong>de</strong>crescentes para cada tecnologia, fixados pelo Ministério <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> e Energia, o programa nãopropicia nenhum incentivo para se diminuir os custos <strong>de</strong>stas fontes <strong>de</strong> energia. Tornar negociáveis osCertificados <strong>de</strong> Energia Renovável seria um importante passo nesta direção.O esforço para manter a matriz energética brasileira convenientemente baseada em fontes renováveislevou o PNE 2030/MEN 2030 a programar a sua consi<strong>de</strong>ração como parte das fontes que garantirão aoferta a longo prazo, consi<strong>de</strong>rando soluções em biomassa (com insumos agrícolas, florestais, industriaise <strong>de</strong> lixo urbano), em geração eólica, em geração solar fotovoltaica e geração heliotérmica.No caso <strong>de</strong>ssas fontes, a diretriz política governamental <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong> continuar apoiando o seu<strong>de</strong>senvolvimento, a sua implantação, mas também manter limites para os montantes a serem consi<strong>de</strong>radosdas alternativas como o Programa PROINFA, por razões <strong>de</strong> custos e impactos nas tarifas.Álcool Carburante a partir da cana-<strong>de</strong>-açúcarDes<strong>de</strong> a criação do Programa Nacional do Álcool (Proalcool) pelo Decreto n o 76.593, o Brasil temproduzido álcool carburante anidro para misturar com a gasolina, em motores do ciclo Otto, fato esseque foi ampliado na segunda fase do Proalcool, que se iniciou em 1979 (Decreto n o 83.700), quando oálcool carburante hidratado também passou a ser produzido, para emprego em motores do ciclo Ottomodificados para o consumo <strong>de</strong> álcool puro.Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, tendo perspectivas ainda mais favoráveispara elevações futuras substanciais da produção <strong>de</strong> álcool anidro, não só por causa dos benefíciosambientais da mistura álcool/gasolina, em termos da valorização crescente <strong>de</strong> reduções na poluição do ar,sobretudo nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, mas também por conta das boas perspectivas para uma rápida difusão <strong>de</strong>veículos “multicombustível” e o“flex fuel”, sendo este último o que emprega tecnologia eletrônica <strong>de</strong> gerenciamento<strong>de</strong> combustível que permite o consumo <strong>de</strong> qualquer mistura <strong>de</strong> álcool anidro com gasolina.Tem havido melhorias significativas na produtivida<strong>de</strong> tanto da cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar como naindústria produtora <strong>de</strong> etanol. Estes ganhos têm ocorrido <strong>de</strong>vido a uma combinação <strong>de</strong> fatores que incluem:• Introdução <strong>de</strong> novas e melhores varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana;• Economias <strong>de</strong> escala oriundas <strong>de</strong> novas unida<strong>de</strong>s industriais, maiores e mais eficientes; e• Melhorias tecnológicas e medidas <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> energia em usinas antigas.Encontrar melhores usos para os sub-produtos do açúcar e do álcool, tais como o bagaço, as folhase pontas da cana e o vinhoto, certamente constitui uma excelente rota para se melhorar o <strong>de</strong>sempenhoeconômico das usinas sucro-alcooleiras.Empresa <strong>de</strong> Pesquisa Energética

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