PETRÓLEO E ESTADO
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Capítulo 15 - Respostas para a crise 183<br />
Agência Petrobras<br />
À medida que a crise de desabastecimento foi afastada, os incentivos econômicos dados ao álcool deixaram de fazer sentido<br />
alguns militares reformados. Eles fiscalizavam<br />
tudo: distribuidoras de combustíveis líquidos,<br />
refinarias, postos de gasolina e revendedores<br />
de gás de cozinha etc. No início dos anos 1980,<br />
foi firmado um convênio com o Instituto Nacional<br />
de Pesos e Medidas, que passou a participar<br />
das operações inclusive fornecendo os recursos<br />
de transporte (até então, tanto o fiscal quanto<br />
o motorista eram dos quadros do CNP). Mais<br />
tarde, foi firmado também um convênio com<br />
o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização<br />
e Qualidade Industrial (Inmetro), que durou<br />
menos de um ano, devido à diferença de procedimentos<br />
entre os dois órgãos.<br />
Com o Proálcool, a abrangência das atividades<br />
do CNP ampliou-se ainda mais. De acordo com<br />
o novo regimento interno aprovado em fevereiro<br />
de 1977 pelo ministro de Minas e Energia, 285<br />
passava para a órbita do Conselho toda a fiscalização<br />
da atividade alcooleira: assegurar o<br />
escoamento de todo álcool anidro produzido<br />
nas destilarias; fixar e efetivar o suprimento das<br />
quotas de álcool para a indústria química; fixar<br />
preços do produto; fixar percentual de álcool<br />
anidro a ser utilizado na mistura carburante;<br />
entre outras responsabilidades. Sua estrutura<br />
básica também foi ampliada e assim se manteve<br />
até 1990. Todos os diretores eram militares,<br />
coronéis e generais, sobretudo do Exército.<br />
Em 1978, o CNP inaugurou seu novo edifício-<br />
-sede, com uma área de mais de 13 mil m², e<br />
o Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas<br />
– Cepat, com mais de 2.800 m². Devido ao aumento<br />
do número de funcionários e à necessidade<br />
de mais espaço, principalmente para a<br />
Diretoria de Fiscalização e a Divisão de Pesso-<br />
al, foi construído um edifício-anexo, inaugurado<br />
em 1984, com uma área de 8.400 m². Em<br />
1985, o Conselho Nacional do Petróleo contava<br />
com cerca de 600 funcionários lotados em<br />
Brasília e mais 195 distribuídos nos escritórios<br />
de representação. 286<br />
O CNP precisou<br />
estruturar<br />
sua fiscalização<br />
para dar conta<br />
da intensificação<br />
de suas atividades<br />
nos últimos anos<br />
do governo militar.<br />
285. CONSELHO NACIONAL DO <strong>PETRÓLEO</strong> (Brasil). Portaria nº 235, de 17 de fevereiro de 1977. Brasília, DF, [1977].<br />
286. GONÇALVES, N.,1985, p. 8