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Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR

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11.17 O FATOR SIGMA ESTABELECE CONTATO DIRETO COM O DNA 281<br />

portanto, em posição para comarar pares de bases<br />

adjacentes. A FIGURA 11.36 mosrra que aminoácidos<br />

posicionados :,1.0 longo de uma face da a-hélice<br />

na região 2.4 comaram as bases nas posições -12 a-<br />

1 O da seqüência -1 O do promoror.<br />

A região 2.3 assemelha-se às proreínas que se<br />

ligam a ácidos nucléicos de fira simples e está envolvida<br />

na reação de desnamração. As regiões 2.1 e<br />

2.2 (que compreendem a porção mais conservada<br />

de sigma) esrão envolvidas na interação com a enzima<br />

cerne. Assume-se que todos os fatores sigma<br />

se ligam às mesmas regiões da polimerase cerne,<br />

garantindo que as reações são competirivas.<br />

.A região N-terminal de cr7° apresema funções<br />

regulatórias importantes. Quando esta é removida,<br />

a proteína reduzida torna-se capaz de ligar-se especificamente<br />

a seqüências promotoras. Isto sugere<br />

que a região N-terminal se comporta como um domínio<br />

auro-inibidor. Este obsrrui os domínios de<br />

ligação ao DNA quando 0 70 está livre. A associação<br />

com a enzima cerne alrera a conformação de<br />

sigma de forma que a inibição é abolida, e os domínios<br />

de ligação ao DNA podem estabelecer conraro<br />

com o DNA.<br />

A FIGURA 11.3 7 esquematiza a modificação conformacional<br />

do fator sigma na formação do complexo<br />

aberto. Quando o fator sigma se liga à polimerase<br />

cerne, o domínio N-terminal afasta-se em<br />

~20 A dos domínios de ligação ao DNA, e estes se<br />

separam um do outro por ~ 15 A, provavelmente<br />

para adquirir uma conformação mais alongada,<br />

apropriada para realizar contaras com o DNA. Mutações<br />

nas seqüências -10 e -35 impedem a ligação<br />

de cr70 (com a região N-terminal deletada) ao DNA,<br />

sugerindo que 0 70 estabelece conrato com as duas<br />

seqüências simulraneamente. lsso implica que um<br />

fàcor sigma deve ter uma estrutura preferencialmente<br />

alongada, esrendendo-se sobre os ~68 A das duas<br />

volras do DNA.<br />

Na holoenzima livre, o domínio N-terminal está<br />

localizado no sítio ativo dos componentes da enzima<br />

cerne, essencialmente mimetizando o local que<br />

será ocupado pelo DNA quando um complexo de<br />

transcrição é formado. Quando a holoenzima forma<br />

um complexo aberto no D NA, o domínio N­<br />

terminal de sigma é deslocado do sítio ativo. Sua<br />

relação com o restante da proteína é, portanto,<br />

muito flexível; a relação é modificada quando o fator<br />

sigma se liga à enzima cerne e novamente quando<br />

a holoenzima se liga ao DNA.<br />

Comparações de estruturas cristalinas da enzima<br />

cerne e da holoenzima revelam que o fator sigma<br />

se situa amplament~ na superfície da enzima<br />

cerne. A FIGURA 1!1.38 mostra que esta possui uma<br />

estrutura alongada que se estende além do sítio de<br />

Posição -13-12-11-10..9-8-7<br />

FIGURA U.36 Aminoácidos na a -hélice 2.4 de cr 70 mantêm<br />

contato com bases específicas na fita codificadora da seqüência<br />

promotora -10.<br />

O DNA desloca a porção<br />

N-terminal quando há<br />

a formação do complexo<br />

com o DNA<br />

Domínios de ligação ao DNA<br />

•<br />

Região N-terminal<br />

FIGU RA 11.3 7 A região N-terminal de sigma bloqueia as regiões<br />

de ligação ao DNA de se ligarem ao DNA. Quando um complexo<br />

aberto é formado, a região N-terminal distancia-se em 20 Ã, e as<br />

duas regiões de ligação ao DNA separam-se por 15 À.<br />

ligação ao DNA. Isso deixa-a em posição para estabelecer<br />

contara com o DNA durante a ligação inicial.<br />

A hélice de DNA deve mover-se por cerca de<br />

16 A a partir da posição inicial, para entrar no sítio<br />

ativo. A FIGURA 11.39 ilustra esse movimento, pela<br />

observação de uma seção transversal inferior do eixo<br />

helicoidal do DNA.<br />

Uma diferença interessante no comportamento<br />

é encontrada no fator cr5 4 . Este leva a RNA polimerase<br />

a reconhecer promotores que apresentam<br />

uma seqüência consenso distinta, com um elemento<br />

conservado em -12 e outro próximo a -24 (ilustrado<br />

na coluna "-35" da Figura 11.32). Assim, a<br />

geometria do complexo polimerase-promotor é diferente<br />

quando sob o controle deste fator sigma.<br />

Outra diferença no mecanismo de regulação é o<br />

fato da transcrição em alto nível dirigida por cr5 4<br />

requerer outros ativadores que se ligam a sítios bas-

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