Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR
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672 CAPÍTULO 26 SPUCING E PROCESSAI•IENTO DE RNA<br />
ria a correspondência de seqüências ou e.~truturas<br />
específicas.<br />
• É possível que rodos os sírios 5' sejam funcionalmeme<br />
equivalemes e que codos os sítios 3'<br />
sejam indistinguíveis, porém o splicíng deve<br />
seguir regras que garantam que um sítio 5' seja<br />
sempre conectado ao sítio 3' seguinte, no RNA.<br />
Nenhum dos sítios de splicing ou as regiões adjacemes<br />
possuem qualquer complementaridade de seqüência,<br />
o que exclui modelos propondo o parearnemo<br />
de bases complementares enrre as extremidades do<br />
íntron. Experimemos utilizando precursores de RNA<br />
híbridos revelam que, em princípio, qualquer sítio de<br />
spficing 5' pode conectar-se a qualquer sítio de splicing<br />
3 '. Por exemplo, quando o primeiro éxon da unidade<br />
transcricional precoce de SV 40 é ligado ao terceiro<br />
éxon da globina ~ de camundongo, o íntron<br />
híbrido pode ser excisado, gerando uma perfeita conexão<br />
entre o éxon SV 40 e o éxon de globina ~· De<br />
fato, a imerpermutabilidade é a base da técnica de<br />
captura de éxon descrita previamente na Figma 4.11.<br />
Tais experimentos fornecem dois aspectos gerais:<br />
• Os sítios de splicing são genéricos: estes não apresentam<br />
especificidade em relaç.'io a precursores<br />
de RNAS individuais e os precursores não<br />
carreiam informações específicas (tal como estrutura<br />
secundária) necessárias ao splicing.<br />
• O aparato de splicing não é tecido-específico:<br />
em geral, um RNA pode ser adequadamente<br />
processado por qualquer célula, independente<br />
deste ser normalmente sintetizado naquela<br />
célula. (Discutiremos as exceções nas<br />
quais existem padrões de splicíng alternativo<br />
tecido-específicos na Seção 26.12, O Splicing<br />
Alternativo Envolve o Uso Diferencial<br />
das Junções de Splicing.)<br />
Temos aqui um paradoxo. É provável que todos<br />
os sítios de splicing 5' sejam similares ao aparato de<br />
splicing, assim como todos os sítios de splicing 3' também<br />
pareçam similares. Em princípio, qualquer sítio de<br />
splicing 5 'pode ser capaz de reagir com qualquer sítio<br />
de splicing 3 '. Contudo, em circw1stâncias normais,<br />
o spficíng somem e ocorre entre os sírios 5' e 3' do mesmo<br />
íntron. Que regras garantem que o reconhecimento<br />
dos sítios de splicing seja mtríto, de forma que somente<br />
os sítios 5 ' e 3 ' do mesmo íntron sejam removidos?<br />
Os íntrons são removidos em uma ordem específica<br />
de um RNA em particular? Pela realização de<br />
um RNA bfotting, podemos identificar RNAs nucleares<br />
que representam intermediários a partir dos<br />
quais algu~s íntrons foram removidos. A FIGURA<br />
26.5 apresema um blot dos precursores do mRNA<br />
ovomucóide. Há urna série de bandas distintas, sugerindo<br />
que o splicing ocorre por vias definidas. (Se<br />
.... . .,. • t .. • _.. . '<br />
mANA= 1,1 kb<br />
Transcrito primário (5,5 kb)<br />
Sem os íntrons 5 e 6<br />
Sem os íntrons 4, 5, 6 e 7<br />
Contendo apenas o íntron 3<br />
mANA (1, 1 kb)<br />
FIGURA 26.5 O northern b/oWng de RNA nuclear com uma<br />
sonda ovomucóide identifica diferentes precursores do mRNA.<br />
A composição das bandas mais proeminentes é indicada. Fotografia<br />
gentilmente cedida por Bert W. O'Malley, Faculdade de<br />
Medici na de Baylor.<br />
os sete ímrons fossem removidos de forma totalmeme<br />
aleatória, poderiam haver mais de 300 precursores<br />
com diferemes combinações de íntrons,<br />
sendo impossível visualizarrnos bandas distintas.)<br />
Parece não existir wna via única, urna vez que podem<br />
ser encontrados intermediários contendo diferentes<br />
combinações de íntrons removidos. Contudo, parece<br />
haver uma ou mais vias preferenciais. Quando apenas<br />
um único íntron é perdido, quase sempre este corresponde<br />
ao 5 ou 6. Q ualquer um pode ser o primeiro a<br />
ser perdido. Quando dois ínrrons são perdidos, novamente<br />
o 5 e o 6 são os mais freqüentes, embora existam<br />
outras combinações. O ínrron 3 nunca (ou mtúto raramente)<br />
é perdido em uma das três primeiras etapas do<br />
splicing. A partir deste padrão, observamos que há uma<br />
via preferencial na qual os íntrons são removidos na<br />
ordem 5/6, 7/4, 211. 3. ~o entanto,