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Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR

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8.20 AS ESTRUTURAS RIBOSSOMAIS MODIFICAM-SE QUANDO AS SUBUNIDADES SE ASSOCIAM 183<br />

Am1noacil-tANA<br />

Peptidil-tRNA<br />

Cento de<br />

transferência<br />

de~<br />

Cadeia peptidica<br />

peptldil /<br />

H ,~<br />

'<br />

Base: , H-t-J<br />

H·C·A H-C-R<br />

'<br />

,C~ '<br />

•<br />

Base<br />

H<br />

o<br />

'<br />

... c*<br />

'<br />

o o<br />

tRNA<br />

H<br />

o o<br />

'<br />

tA NA<br />

Cadeia peptfdica<br />

' '<br />

N I :~ -N I<br />

H·C·A H-C-R<br />

I<br />

I<br />

,c~ ,c.,<br />

o o o o<br />

I<br />

tA NA<br />

tRNA<br />

I<br />

! tRNA<br />

Cadeia peptldica<br />

' H·t'J<br />

H-C-R<br />

C H<br />

d ' N'<br />

I<br />

H·C·A<br />

,C~ '<br />

o o<br />

I<br />

tRNA<br />

A formação da ligação peptfdica necessita da<br />

catálise ácido-base, na qual um átomo de H é transferido a um<br />

residuo básico.<br />

grupo carboxila de outro aminoácido. A catálise<br />

necessita que um resíduo básico receba o átomo<br />

de hidrogênio liberado pelo grupo amino, conforme<br />

ilustrado na FIGURA 8 .48. Se o rRNA é o<br />

caralisador, ele deve fornecer este resfduo, contudo<br />

desco nhecemos como este processo ocorre.<br />

As bases púricas e pirimídicas não são básicas em<br />

pH fisiológico. Uma base altamente conservada<br />

(na posição 2451 em E. co/i) foi implicada, mas,<br />

atualmente, ao que parece, esta não exibe as propriedades<br />

adequadas, nem se mostra crucial para<br />

a atividade de peptidil-rransferase.<br />

As proteínas ligadas ao rRNA 23S externamente<br />

à região de peptidil-cransferase são quase cercamenre<br />

necessárias para permitir que o rRNA forme<br />

a esrruwra correra in vivo. O conceito de que o<br />

rRNA seja o componente cacalfcico é consistente<br />

com os resultados discutidos no Capítulo 26, Splicing<br />

e Processamento de RNA, os quais identificam<br />

propriedades catalíticas do RNA que estão<br />

envolvidas em diversas reações de processamemo<br />

de RNA. Isto é coerente com a noção de que o ribossomo<br />

evoluiu a partir de funções originalmeme<br />

presentes no RNA.<br />

B As Estruturas Ribossomais<br />

Modificam-se quando as<br />

Subunidades se Associam<br />

Conceitos Essenciais<br />

• A cabeça da subunidade 30S gira ao redor do pescoço,<br />

quando ribossomos completos são formados.<br />

• O sitio ativo da peptidil-transferase da subunidade 50S<br />

é mais ativo em ribossomos completos que nas subunidades<br />

50S individuais.<br />

• A interface entre as subunidades 30S e 50S é muito<br />

rica em contatos com solventes.<br />

Muitas evidências indiretas sugerem que as estruturas<br />

das subunidades individuais sofrem al terações<br />

significativas quando se associam, formando um<br />

ribossomo completo. As diferenças na susceübilidade<br />

dos rRNAs a agentes externos são um dos indicadores<br />

mais fones (ver Seção 8.18, O rRNA 1 GS<br />

Desempenha um Papel Ativo na Síntese Protéica).<br />

lvllis dirctamenre, comparações entre as estruturas<br />

cristalinas de alta re.~olução das subunidades individuais<br />

c a estrutura de baixa resolução do ribossomo<br />

imacro sugerem a existência de diferenças significativas.<br />

Estas idéias foram confirmadas por uma<br />

estrutura cristalina do ribossomo de E co/i a 3,5 A,<br />

que, além disso, identifica duas diferentes conformações<br />

do ribossomo, possivelmente representando<br />

diferentes estágios da síntese protéica.<br />

O cristal contém dois ribossomos por unidade,<br />

cada um exibindo uma conformação diferente. As<br />

diferenças devem-se a alterações no posicionamento<br />

dos domínios no interior de cada subunidade,<br />

sendo a mais imponance aquela onde, em uma conformação,<br />

a cabeça da subunidade menor sofreu um<br />

giro de 6° ao redor da região do pescoço, em direção<br />

ao sítio E. Igualmente, uma rotação de 6° na<br />

direção oposta é observada em estruru.ras (de baixa<br />

resolução) de ribossomos de Thermus thermophifus<br />

que estão ligados ao mRNA e que possuem tRNAs<br />

em ambos os sítios, A e P, sugerindo que a cabeça<br />

pode girar por 12", dependendo do estágio da síntese<br />

protéica. A rotação da cabeça acompanha a via<br />

dos rRNAs ao longo do ribossomo, levantando a<br />

possibilidade de que sua rotação controla o deslocamento<br />

do mR, A c do tRNA.<br />

As alterações de conformação que ocorrem<br />

quando as subunidades estão unidas são mais acentuadas<br />

na subunidade 30S que na subunidade 50S.<br />

Provavelmente, as alterações estão relacionadas ao<br />

controle do posicionamenro e deslocamento do<br />

mRNA. A alteração mais significativa na subunidade<br />

50S está relacionada ao centro de peptidilrransfcrasc.<br />

As subunidades 50S são ~I .000 x menos<br />

eficientes na carálise da sínrese da ligação peprídica<br />

do que ribossomos completos; a ra7.âo pode

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